VEJAM ESTE FILME, SENHORES DEPUTADOS! Às vésperas da votação do Código Florestal, por que não ouvir quem vive da terra?
Boa
parte ecologismo radical deve achar que comida nasce nas gôndolas do
Pão de Açúcar e do Carrefour. Não nasce, não! Tem de ser plantada. Já
conversei com amigos da natureza que não saberiam distinguir um pé de
alface de capim. Abaixo, segue um depoimento de Almerita Francisca da
Silva. É uma agricultora de Igarapé Preto, no Amazonas. Seu depoimento
foi colhido em Boca do Acre (AM). Por favor, vejam até o fim.
Eis aí.
Volto a uma questão muitas vezes tratada aqui. Aquilo a que chamam
“agronegócio” — as grandes empresas, especialmente papeleiras e o setor
sucroalcooleiro — já têm a sua situação regularizada segundo o Código
Florestal em vigência ou o que está para ser votado. Quem está em
situação considerada ilegal e precisa ter sua vida regularizada é o
pequeno, é o agricultor pobre.
Essa gente
não mobiliza os “amigos da natureza” e os caridosos ecologistas. O
jornalismo também lhes vira as costas porque prefere pensar que estamos
numa luta do bem (os preservacionistas) contra o mal (os desmatadores).
Ignora-se o Brasil real. Dona Almerita é do Acre, conterrânea de Marina
Silva. Mas essa porta-voz da “nova política” não lhe dá bola.
Acho que o
que vai acima explica, em boa parte, o fato de a então candidatado PV à
Presidência (ela já deixou o partido) ter ficado em terceiro lugar no
seu próprio estado na eleição presidencial de 2010. Obteve 23,58% dos
votos, contra 52,18% de José Serra e 23,74% de Dilma Rousseff.
Dona Almerita quer plantar. Mas o onguismo verde e a Fundação Ford a querem pendurada no Bolsa Família!
Tags: código florestal
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