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sábado, 31 de março de 2012

Militares da reserva promovem nova homenagem ao Golpe Militar de 1964

Apesar de veto, veteranos saltam de paraquedas com bandeiras do Brasil.
Na quinta (29), protesto contra comemorações terminou em tumulto.

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Mesmo após a confusão durante protesto contra um evento de comemoração pelo Golpe Militar de 1964, na quinta-feira (29), militares da reserva promoveram na manhã deste sábado (31) uma nova homenagem aos 48 anos da data. Quatro veteranos da Brigada Paraquedistas saltaram de aviões  com bandeiras do Brasil e aterrisaram na Praia da Reserva, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
As comemorações oficiais foram proibidas por representantes das Forças Armadas e pela presidente Dilma Roussef, mas os paraquedistas disseram que por serem da reserva poderiam fazer a homenagem.
"Nós não estamos mais subordinados ao momento político. Respeitamos o nossa presidente, mas vamos fazer a homenagem porque na época éramos jovens e participamos", disse à GloboNews Luiz Antônio de Oliveira, presidente da Federação de Paraquedismo do Rio, um dos 50 veteranos que participaram do encontro.
Um dos organizadores do protesto na quinta-feira, o cineasta Silvio Tendler lamentou a nova comemoração: "Patético. Foi uma homenagem além de tudo covarde, porque as pessoas não tiveram coragem de mostrar a cara.  Foram pouquíssimos os paraquedistas que toparam pular".
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Pedra tomba sobre carro e menina de 9 anos escapa com vida no ES

Criança ficou levemente ferida e foi levada para o hospital.
Segundo PRF, peso das pedras de granito variam entre 25 e 30 toneladas.

Do G1 ES
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Pedra de granito cai sobre carro (Foto: Herbet Viana / VC no G)Pedra de granito cai sobre carro (Foto: Herbert Viana / VC no G1)
Um pedra de granito caiu sobre um carro de passeio na manhã deste sábado (31), na rodovia ES-486, que liga Cachoeiro de Itapemirim a Alegre, no Sul do Espírito Santo. Segundo o auxiliar administrativo Herbert Mendes Viana, que registrou imagens, uma menina de nove anos estava dentro do veículo.
O tio da criança, que preferiu não se identificar, é dono do carro e confirmou que ela estava dentro do veículo, mas no banco de trás. Testemunhas disseram que a menina foi vista no banco do motorista.
Segundo Herbert, moradores da região disseram que o motorista da carreta estava em alta velocidade e aparentemente não havia trava de segurança, obrigatória em caminhões que transportam pedras de granito. A polícia não soube confirmar as informações.
Segundo os policiais, outro caminhão também se envolveu no acidente. A Polícia Rodoviária Federal (PRF), informou que as pedras de granito transportadas no estado variam entre 25 e 30 toneladas, mas também podem passar de 40 toneladas.

Pedra de granito caiu sobre veículo em Cachoeiro de Itapemirim (Foto: Herbet Viana / VC no G1)Pedra de granito caiu sobre veículo em Cachoeiro de Itapemirim (Foto: Herbert Viana / VC no G1)
Criança de nove anos ficou levemente ferida (Foto: Herbet Viana / VC no G1)Criança de nove anos ficou levemente ferida (Foto: Herbert Viana / VC no G1)

Mega-Sena acumula e prêmio deve chegar a R$ 5,5 milhões

A Quina teve 57 ganhadores, que levam R$ 25.317,58 cada.
A Quadra registrou 4.091 apostas com prêmio de R$ 503,92.

Do G1, em São Paulo
Ninguém acertou as seis dezenas do concurso 1.376 da Mega-Sena, sorteadas nest sábado (31), em Charqueadas (RS). A Caixa Econômica Federal (CEF) informou que a estimativa de prêmio para o próximo sorteio, que será realizado na quarta-feira (4), é de R$ 5,5 milhões.
As dezenas sorteadas foram: 09 - 11 - 21 - 49 - 53 - 54.
A Quina vai premiar 57 apostas com R$ 25.317,58. A Quadra registrou 4.091 apostas certas e cabe a cada uma delas R$ 503,92.
As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer uma das 11,2 mil lotéricas da CEF. A aposta mínima é de R$ 2.

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KASSAB SINALIZA QUE APÓIA EDUARDO PARA PRESIDENTE.

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, fez um discurso, há pouco, no encontro regional do PSD que está sendo realizado no Clube Líbano, jogando confetes no governador Eduardo Campos, de quem recebeu apoio integral para consolidar a criação do PSD. Disse que o País passa por um momento de renovação de suas lideranças e que Eduardo seria um dos mais promissores quadros nacionais.
"O Brasil passa por uma transição e muitas lideranças estão contribuindo para os avanços conquistados. Esses novos líderes, como o governador Eduardo Campos, têm muito o que oferecer ao País", disse Kassab, insinuando que, num voo nacional do presidente do PSB, o seu partido estaria ao seu lado.
Boa parte da sua fala foi recheada de elogios ao Governo de Eduardo, a sua trajetória política e ao papel que vem desempenhando em nível nacional. Só faltou afirmar que o governador seria o seu candidato preferido à Presidência da República.
"Eduardo é, hoje, uma das maiores lideranças nacionais", destacou. Antes de falar, numa conversa com jornalistas, Kassab reafirmou que seu partido apoiará o candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, José Serra.

Fonte: Magno Martins

LÍDER DO PSDB QUER INVESTIGAÇÃO DE CONTRATO DA PESCA.

Oposição quer apurar denúncia de reportagem que indica favorecimento de empresa que fez doação à campanha de Ideli Salvatti.

O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), afirmou nesta sexta que pedirá à Comissão de Ética Pública da Presidência da República que investigue se houve uso indevido da máquina pública pelo Ministério da Pesca na compra de lanchas das empresa Intech Boating. Conforme informa reportagem publicada na edição de hoje do jornal O Estado de S. Paulo, após ser contratada para construir lanchas-patrulha de mais de R$ 1 milhão cada para o Ministério da Pesca, a empresa foi procurada para doar R$ 150 mil ao comitê financeiro do PT de Santa Catarina.
O comitê, detalha a reportagem, arcou com 81% dos custos da campanha a governador em 2010, cuja candidata era a petista Ideli Salvatti, atual ministra das Relações Institucionais. Na quarta-feira, o TCU considerou irregular a compra das 28 lanchas, no valor total de R$ 31 milhões, por entender que o Ministério da Pesca não tem o que fazer com as embarcações. Segundo o tribunal, o ministério não tem competência para usá-las no patrulhamento marítimo.
Um ex-militante petista, atual dono da empresa, admitiu em entrevista ter sido procurado a contribuir com o PT. "É uma confissão de favorecimento ilícito mediante corrupção ativa e passiva", afirmou Alvaro Dias. Ele classificou a denúncia como "grave" e "séria".
Para o tucano, a Comissão de Ética tem de adotar procedimentos para esclarecer se houve desonestidade na operação. Ele não descarta pedir, futuramente, a convocação de Ideli Salvatti para ir ao Congresso esclarecer o caso. "Pode-se estar diante do uso da máquina pública para extorquir em favor de arcar supostamente com campanhas eleitorais", afirmou.

Fonte: Último Segundo/Agência Estado

MOTOSERRA PETISTA.

O presidente do Ibama, Curt Trennephol, pedirá licença para tratar da saúde e já avisou ao governo que não pretende retornar ao posto. Foi o suficiente para ouriçar o PT. A legenda quer não apenas o cargo de Trennephol, um procurador aposentado do Ibama, como também o da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. As alas mais à esquerda do PT alegam que ambos não têm filiação partidária e acusam a dupla de ter sido “flexível” ao negociar o texto do novo Código Florestal com a bancada ruralista.

Fonte: Leonel Rocha

VENDA DE LANCHAS AO GOVERNO NÃO SEGUIU EXIGÊNCIAS, DIZ TCU.

Empresa que ganhou concorrência do Ministério da Pesca em 2008 havia construído só 1 embarcação; mínimo eram 3

Uma empresa que vendeu, em 2008 e 2009, um total de 28 lanchas ao Ministério da Pesca, no valor de R$ 31 milhões, havia feito apenas uma lancha e estava construindo a segunda quando venceu a primeira licitação para fornecer as embarcações.
Segundo as regras da concorrência de 2008, a Intech Boating precisaria ter produzido pelo menos três barcos para participar da disputa.
O TCU (Tribunal da Contas da União) apontou irregularidade na avaliação da qualificação técnica da empresa.
No segundo pregão, em 2009, outra empresa havia apresentado o menor lance, mas foi desclassificada mesmo tendo comprovado a fabricação de três lanchas.
Além disso, auditoria aprovada na quarta-feira pelo tribunal apontou "falhas graves de planejamento" na aquisição das lanchas, porque o ministério não tem competência legal para atuar na fiscalização da pesca.
Até hoje, 23 das 28 embarcações estão fora de uso. O custo de operação para cada lancha é de R$ 346 mil por ano, incluindo combustível, tripulação e outros gastos.
Em reportagem publicada ontem pelo "O Estado de S. Paulo", o dono da empresa disse que doou R$ 150 mil ao comitê financeiro do PT de Santa Catarina em 2010 a pedido do Ministério da Pesca.
A relação entre a empresa e o partido havia sido revelada pela "IstoÉ" em outubro.
A ministra das Relações Instituicionais, Ideli Salvatti, candidata petista a governadora na época, teve 80% dos recursos da sua campanha bancados pelo partido.
Derrotada na eleição, Ideli foi empossada ministra da Pesca em janeiro de 2011.
Substituiu Altemir Gregolin, também do PT catarinense, que foi responsável pela compra das 28 lanchas. A ordem para a compra das últimas cinco lanchas foi assinada em seu último dia.
O dono da Intech, José Antônio Galizio, afirmou à Folha que a doação foi pedida por um representante do comitê de campanha do PT.
"O partido me procurou, como procura todos. Ninguém vai meter a mão no bolso se não for procurado." Mas acrescentou que tem "simpatia" pelo PT há 30 anos. "O partido merece", afirmou.
Questionado se não pensou que isso poderia lhe trazer constrangimento, respondeu: "Pensei. Mas a advogada da empresa disse que era legal. Nós não estaríamos ganhando nada. O contrato já estava assinado e não havia motivo para comprar favor".
O dono da Intech afirmou que a empresa foi criada em 2006 e confirmou que apenas um barco estava concluído no momento da primeira licitação, em 2008. "Os barcos estavam em desenvolvimento. Usei a plataforma desse barco para fazer as lanchas."
O ministério diz que disponibilizou as lanchas para órgãos de inspeção e fiscalização da atividade pesqueira.

Fonte: jusBrasil

130 CIDADES BRASILEIRAS APAGAM AS LUZES NESTE SÁBADO.

O Parque do Arpoador, no Rio de Janeiro, sedia neste sábado, 31, a celebração brasileira da Hora do Planeta, movimento que levou mais de 1 bilhão de pessoas a apagarem as luzes em todo o mundo no ano passado. Ícones da paisagem carioca estarão às escuras entre 20h30 e 21h30, como o Cristo Redentor, a igreja da Penha, o Monumento dos Pracinhas, a orla de Copacabana e o Arpoador. Além do Rio, outras 25 capitais e 130 cidades brasileiras participam do ato simbólico, apagando 580 monumentos. No ano passado, 123 municípios, entre eles 20 capitais, aderiram à campanha.
Agora em 2012, estão confirmadas a participação dos paulistanos Obelisco do Ibirapuera, Ponte Estaiada Octávio Frias de Oliveira, Monumento às Bandeiras, Theatro Municipal, Biblioteca Mário de Andrade, Arcos do Anhangabaú (baixos do Viaduto do Chá), Mercado Municipal e Estádio do Pacaembu, além do Hospital Israelita Albert Einstein. Pelo País, também terão suas luzes apagadas o Farol da Barra e o Elevador Lacerda, em Salvador, o Monumento a Bento Gonçalves, em Porto Alegre, o Mercado Central de Porto Velho, em Rondônia, e o Horto Florestal de Rio Branco, no Acre.
"O País será anfitrião da conferência da Organização das Nações Unidas que debaterá o desenvolvimento sustentável, a Rio+20. O ato de apagar as luzes hoje será mais uma forma de mostrar ao mundo que os brasileiros querem um futuro com desenvolvimento econômico que respeite os limites do planeta e gere inclusão social", diz a superintendente de Engajamento do WWF-Brasil, Regina Cavini.
A primeira Hora do Planeta ocorreu em março de 2007, apenas na cidade australiana de Sidney.
Entre os monumentos mundiais que já participaram da iniciativa e apagaram suas luzes estão as pirâmides do Egito, a Torre Eiffel, em Paris, a Acrópole, em Atenas e a cidade de Las Vegas.

Fonte: Estadão.com.br

FESTA DA EMANCIPAÇÃO CUSTOU R$ 71.000,00. LOCUTOR DO PREFEITO CARLINHOS DA APAMI RECEBEU R$ 21.000,00 ?



  Um leitor mais atento escreveu para o blog e disse que tinha achado a razão do porque o locutor do prefeito gritava tanto nas festividades da emancipação do município e a razão era bem simples: ele recebeu R$ 21 mil reais de uma licitação. Tinha mais era que mostrar serviço e dizer que “o hômi era bão”! Será que este Shaley é mesmo o locutor do prefeito Depois de tanto dinheiro para locutor e cantor, com certeza os professores vão receber o piso nacional, as férias vão ser pagas, vai ter merenda nas escolas, remédio na farmácia básica, médico todos os dias, aumento para os motoristas, peixe da semana santa, corte de terra dos agricultores,…...

Presidente do TJ estava em Manaus

Postado por | Operação Judas | 31-03-2012

Do Jurinews
A presidente do Tribunal de Justiça do RN Judite Nunes e o desembargador Caio Alencar foram surpreendidos com as informações contidas no diário de Carla Ubarana na manhã de sexta-feira  em Manaus, onde participavam do 91º Encontro do Colégio de Presidentes de Tribunais de Justiça do Brasil.
DO TL: No depoimento de Carla Ubarana à Justiça não houve confirmação do escrito no diário – escrito no cárcere – em relação aos desembargadores Caio e Judite, mas manteve a acusação sobre os nomes dos desembargadores Osvaldo Cruz e Rafael Godeiro.

A voz de Lula

Ruth de Aquino, ÉPOCA
“Se eu perdesse a voz, estaria morto ”. A entrevista do ex-presidente ao jornal Folha de S.Paulo dá a medida do drama que Lula viveu nos últimos seis meses. É um depoimento dramático, emocionado, a seu estilo.
Sobre o tratamento: “Eu vim com um tumor de 3 centímetros e de repente estava recebendo uma bomba de Hiroshima dentro de mim. Preferia entrar em coma”.
Sobre a morte: “Tem gente que fala que não tem medo de morrer, mas eu tenho. Se eu souber que a morte está na China, vou para a Bolívia”.
A voz, mais que o olhar, é fundamental para persuadir o outro, diz o psicanalista Joel Birman. “Para um líder político, a voz é ainda mais que isso. É um instrumento insubstituível para tocar as emoções, os sentimentos e os desejos do interlocutor e da massa.”
Do ponto de vista simbólico e real, a perda da voz seria a perda da condição de liderança de Lula. Pelo ângulo da psicanálise, diz Birman, “perder a voz seria para Lula uma experiência de castração absoluta”. Ele se tornaria “um morto-vivo”.
O presidente que cometeu mais gafes na história do Brasil conseguia quase sempre roubar a cena ao abrir a boca. Num palanque regional ou num congresso internacional.
Para políticos administradores, de gabinete, a voz não tem esse poder, é mais acessória. Para Lula, um presidente com 80% de popularidade, é diferente. Sua voz rouca, com erros de português, metáforas de futebol e piadas do povão, era o elo com a massa, na versão do sindicalista exaltado ou do lulinha paz e amor.
O Brasil teve outros oradores inflamados. Carlos Lacerda foi um deles, mas se expressava com vigor também pela escrita. Lula não. Exerce uma liderança oral.
A maioria da população brasileira não domina a palavra escrita. O brasileiro lê em média quatro livros por ano – e não todos por inteiro. Num país assim, a voz é hipervalorizada como capital político.
“A fala é todo-poderosa num país com tantas carências na educação. Vivemos, entre aspas, um analfabetismo nacional”, diz Birman.
Leia a íntegra em A voz de Lula

O desafio depois da cura (Editorial)

O Estado de S.Paulo
Lula saiu um pouco igual e um pouco diferente do bem-sucedido tratamento do câncer na laringe diagnosticado há exatos cinco meses. O Lula de sempre e o Lula mudado apareceram no mesmo vídeo de pouco menos de três minutos que o ex-presidente gravou para anunciar a cura da enfermidade.
O primeiro é o líder messiânico que jamais será apanhado dizendo em duas palavras o que pode dizer em vinte - uma das fontes de seu formidável carisma e poder de convencimento, a ponto de a loquacidade a serviço da autopromoção ter se tornado uma espécie de segunda natureza do escolado palanqueiro.
Eis o Lula de safra: "Vou voltar à vida política porque acho que o Brasil precisa continuar crescendo, continuar se desenvolvendo, gerando emprego, gerando distribuição de renda e melhorando a vida de milhões e milhões de brasileiros que conseguiram chegar à classe média e não querem voltar atrás. E daqueles que sonham em chegar à classe média".
No entanto, visto que ninguém passa impunemente por se saber portador de uma doença do gênero e pelas vicissitudes decorrentes das severas terapias empregadas no seu combate, um Lula submetido às servidões da condição humana também entrou em cena.
"Agora", avisou no vídeo, "volto à minha militância com muito mais cuidado, muito mais maduro e muito mais calejado, pensando em primeiro lugar em cuidar da saúde."
O tempo dirá se a consciência dos próprios limites - ele está curado, mas durante muito tempo terá de poupar as cordas vocais - prevalecerá sobre as pressões para que continue a agir como salvador da pátria petista. Nunca é bom, obviamente, ter tido câncer, mas, pior ainda, no caso dele, é enfrentar em seguida os desafios de um ano eleitoral.
O principal, como se sabe, é o que ele próprio se criou, quando, nos seus tempos recentes de insopitável onipotência, resolveu repetir em São Paulo, com o ministro da Educação, Fernando Haddad, o que fizera com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, no plano nacional.
Leia a íntegra em O desafio depois da cura

Os homens da lei que se achavam acima da lei

Blog do Ricardo Kotscho
Alguns togados ainda se mostram surpresos e inconformados com o que está acontecendo. E reagem com ira a cada nova denúncia sobre as suas atividades pouco republicanas, agora tornadas públicas, ameaçando processar jornais e jornalistas.
Habituados a julgar os outros, certos da impunidade eterna de seres superiores, simplesmente não aceitam também ser investigados e julgados, a partir das iniciativas da ministra Eliana Calmon, que simplesmente colocou para funcionar a corregedoria do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e fazer o que sempre deveria ter feito.
Ao levantar o véu (ou as togas) da magistratura, Calmon mexeu num vespeiro. A cada dia surgem novas notícias de abusos, privilégios, benefícios pagos indevidamente, obrigando os próprios tribunais estaduais a tomar providências.
Esta semana, por exemplo, o Tribunal de Justiça de São Paulo mandou suspender o pagamento de verbas ilegais pagas a desembargadores a título de licença-prêmio.
Juízes indicados pela OAB na cota do quinto constitucional para compor as cortes estavam contando o tempo de exercício da advocacia para calcular o valor das licenças-prêmio a que os magistrados têm direito.
Só que tem um pequeno detalhe: na mesma decisão, o TJ-SP isentou os magistrados da obrigação de devolverem o dinheiro recebido ilegalmente durante anos_ o nosso dinheiro, é bom lembrar _ alegando que eles agiram de "boa-fé".
Como assim? Se por acaso a Receita Federal me pagar um valor de devolução de imposto de renda superior ao que teria direito, posso simplesmente embolsar a grana? Ou devo comunicar o erro e reembolsar o Tesouro Nacional?
Leia a íntegra em Os homens da lei que se achavam acima da lei

Ex-assessor do ministro da Saúde recebeu propina de R$ 200 mil

Ex-assessor de ministro da Saúde recebeu propina de R$ 200 mil, diz 'Veja'. Em entrevista neste sábado (31), Padilha disse que está 'indignado.'
G1
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, informou neste sábado (31) que pediu ao Ministério da Justiça, à Polícia Federal e à Controladoria-Geral da União (CGU) que investiguem denúncia publicada pela edição deste final de semana da revista “Veja” que afirma que um ex-assessor da Saúde recebeu R$ 200 mil em propina de um grupo suspeito de desvio de recursos em hospitais federais no Rio de Janeiro.
“Assim que tomei conhecimento, solicitei ao Ministério da Justiça e à Polícia Federal a apuração dos fatos. Também abrimos procedimento interno de apuração em relação ao ex-assessor”, disse Padilha durante entrevista coletiva convocada na manhã deste sábado para tratar da denúncia apresentada pela revista.
Segundo a reportagem, o assessor especial do Ministério da Saúde deixou o cargo em dezembro, após ter recebido propina de R$ 200 mil de um grupo suspeito de desvios milionários em hospitais do Estado.
A publicação apresenta depósitos bancários que comprovariam que os pagamentos foram feitos em junho de 2011. Entre os depositantes, afirma a reportagem, estão empregados de uma empresa farmacêutica que recebeu R$ 3,8 milhões da União desde 2009, parte desse valor devido a contratos com hospitais universitários do Rio de Janeiro.
De acordo com a revista, os depósitos foram feitos na conta de três pessoas próximas ao ex-assessor, entre elas um sobrinho. “Veja” afirma que ouviu uma das pessoas usadas por ele para obter o dinheiro, que recebeu R$ 65 mil dos R$ 200 mil em sua conta. Ele disse à publicação que o valor foi usado para pagar uma dívida de campanha do ex-assessor do ministro.
O ex-assessor disse à revista que caiu em uma armadilha e acusa deputados que, segundo ele, estariam interessados na manutenção de um esquema de desvio de verbas que funcionava no Ministério da Saúde e teria sido desmantelado após a nomeação de Padilha pela presidente Dilma Rousseff.
Leia mais em Ministro pede investigação sobre suspeita de propina na saúde

Um país de mentira (28/11/2011)

 Quanto mais mentem à vontade e sem constrangimento os cínicos que nos governam ou representam, pior é a qualidade de suas mentiras.
De fato, a perda de qualidade tem tudo a ver com o grau de nossa indignação diante do que Dilma chama de malfeitos.
Se nos indignamos pouco ou quase nada para que sofisticar as mentiras e torná-las verossímeis?
A mais recente e reles mentira oferecida ao nosso exame foi publicada na última edição da VEJA. O mecânico Irmar Silva Batista, filiado ao PT há 20 anos, tentou criar o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Reparação de Veículos e Acessórios no Estado de São Paulo.
Em 2008, ele bateu à porta do Ministério do Trabalho para tratar do assunto com o então secretário de Relações do Trabalho, o ex-deputado Luiz Antonio de Medeiros.
O ministro já era Carlos Lupi, presidente do PDT. Medeiros encaminhou Irmar a Eudes Carneiro, assessor de Lupi.
Eudes trancou-se com Irmar em uma sala. Primeiro, pediu-lhe que desligasse o telefone celular. Em seguida cobrou R$ 1 milhão para liberar o registro do sindicato.
Irmar denunciou o caso a parlamentares do PT – entre eles, o senador Eduardo Suplicy.
Sem sucesso. Então escreveu uma carta a Lula. Sem resposta.
Um mês depois da posse de Dilma, Irmar enviou-lhe uma carta por e-mail contando em detalhes tudo o que se passara. Mandou cópia para Gilberto Carvalho, secretário-geral da presidência.
No dia 9 de março último, o Palácio do Planalto confirmou o recebimento da carta.
Na semana passada, a assessoria de imprensa da presidência informou que nenhuma providência a respeito pode ser tomada porque o trecho da carta que narrava a patifaria acabara cortado da mensagem.
Não é espantoso? Sumiu da carta justamente o trecho onde Irmar denunciava o grupo que agia no Ministério do Trabalho pedindo dinheiro para liberar registro sindical.
Mas sumiu como? Não se sabe. Assim como ainda não se sabe se a carta para Gilberto apresentou a mesma falha.
Vai ver o trecho mais explosivo dela chegou truncado aos seus destinatários. Vai ver quem digitou o e-mail pulou o trecho. Custava a quem o recebeu alertar seu autor que ficara faltando um trecho? Assim a carta poderia ter sido reenviada.
Bons tempos aqueles onde um dossiê da Casa Civil sobre despesas sigilosas do governo Fernando Henrique foi batizado por Dilma de banco de dados. Fazia até algum sentido – embora fosse mentira.
E o mensalão que Lula se empenhou para que fosse confundido com Caixa 2?
Mensalão é crime. Caixa 2 também é. Mas Caixa 2 soa como um crime leve, quase inocente.
O que alimentou o mensalão foi dinheiro desviado de órgãos públicos. Se preferir, “recursos não contabilizados”, como observou com deslavada hipocrisia o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares.
Montagem de falso papelório político para uso contra adversários é coisa de bandido nos lugares onde as palavras correspondem ao seu verdadeiro significado.
Aqui foi coisa de “aloprado” – um sujeito que age por conta própria para ajudar a se reeleger quem repele ajuda desse tipo.
Sobreviveu ao governo anterior e atravessará o atual uma das mais perigosas mentiras jamais produzidas. Atende pelo nome de “controle social da mídia”.
Seria mais adequado referir-se a ela como “censura”. Diz-se que o controle se fará sem interferir no conteúdo. Quem acredita?
A mãe de todas as mentiras é também a mais perversa. Ela atribui a bandalheira à governabilidade.
Como para governar é preciso contar com maioria de votos no Congresso ou nas Assembléias, os partidos abiscoitam cargos e fazem com eles o que bem entendem. De preferência, roubam.
A bandalheira não decorre da necessidade de contar com o apoio de partidos. Decorre da falta de princípios e de coragem do governante para valer-se da força do mandato obtido mediante o voto popular.
Afinal, para que servem os milhões de votos que elegem um presidente ou governador?

Stepan Nercessian pede licença do PPS

Deputado federal recebeu R$ 160 mil de Carlinhos Cachoeira para comprar apartamento e outros R$ 19 mil para frisas do Sambódromo
O Globo
O deputado federal e ator Stepan Nercessian (PPS-RJ) enviou ao presidente nacional do PPS, Roberto Freire, pedido de licença do partido. Stepan também vai soilicitar sua saída da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara. A decisão foi tomada depois de reportagem publicada neste sábado pela "Folha de S.Paulo".
O jornal informa que o deputado recebeu R$ 175 mil, no ano passado, do contraventor Carlinhos Cachoeira. Parte do dinheiro (R$ 160 mil) seria usada para comprar um apartamento. Outros R$ 15 mil, segundo a reportagem, foram gastos para a compra de um espaço (frisa) no Sambódromo, no carnaval deste ano. Em entrevista ao GLOBO, Stepan afirmou, no entanto, que o valor gasto no carnaval foi de R$ 19 mil.
— Me coloquei à disposição. Tenho preocupação com o partido e não me considero nenhum criminoso. Sou um cara que está na vida pública há 44 anos como artista. Tenho todo tipo de amigo. Conheço o Carlinhos (Cachoeira) há mais de 20 anos e sempre tive relação social com ele. Eu estava comprando um apartamento em junho do ano passado e, em cima da hora, o banco me exigiu um comprovante. A pessoa para quem eu podia pedir ajuda era ele. Liguei e ele me emprestou, mas, depois, o próprio banco aprovou. Aí devolvi os R$ 160 mil para a mesma conta — disse o deputado.
O apartamento que Stepan comprou estaria avaliado em R$ 500 mil. O outro valor, segundo o deputado, foi usado para a compra de frisas no Sambódromo. Segundo ele, Cachoeira já passou vários carnavais no Rio:
— Ele (Cachoeira) e um grupo de amigos de Goiás queriam uma frisa. Aí ele me depositou R$ 19 mil e eu comprei. Essas foram as duas relações com ele.
O PPS vai pedir explicações ao deputado na comissão de ética da legenda.

Uma história de conflitos

Merval Pereira, O Globo
A comemoração da Presidente Dilma, diretamente da Índia, apontando a aprovação da Lei Geral da Copa como uma prova de que a crise institucional entre o Executivo e o Legislativo só existia “na imprensa”, pode ser precipitada.
Há quem veja na rápida reorganização dos partidos da coalizão governamental não odedo de uma coordenação eficiente com a distribuição de verbas aos parlamentares, mas um recado do Legislativo de que a crise só existe por que a Presidente Dilma não sabe lidar com seus aliados.
Nunca a frase “a crise viajou”, cunhada pelo então senador Fernando Henrique Cardoso para criticar o Presidente José Sarney, foi tão usada pelos parlamentares.
As crises entre o Legislativo e o Executivo brasileiros estão registradas na nossa História, confronto que parece permanente, desde o Império, talvez reforçado pelas características parlamentaristas de nossa Constituição de 1988.
Como temos historicamente um Executivo "imperial", e um Legislativo forte, o choque parece inevitável.
Como exemplos da força do Legislativo, alguns políticos apontam que nunca foi possível ao Executivo impor decisões ao Legislativo, e sempre que isso foi tentado, um dos dois poderes acabou submetido, ou o Presidente caiu (Getulio, Jânio, Collor) ou o Congresso foi fechado, como no regime militar.
O cientista político Sergio Abranches cunhou o termo “presidencialismo de coalização” para caracterizar as necessárias relações entre o Executivo e o Legislativo, e o jurista Pontes de Miranda, no primeiro volume dos “Comentários à Constituição de 1946” já chamava nosso sistema pluripartidário de “presidencialismo de codecisão”, que herdáramos da Europa e dos Estados Unidos da América.
Mas ambos imaginavam negociações políticas em torno de programas partidários, e não fisiológicas como se registram hoje.
Leia a íntegra em Uma história de conflitos

Mau cheiro (07/11/2011)

Somente os muito ingênuos acreditam que os partidos brigam por cargos interessados em ajudar o governo a fazer o bem do país – e nada mais.
Nunca foi assim. E pelo jeito jamais será.
Os partidos ambicionam cargos para roubar. O dinheiro enche os bolsos dos seus dirigentes e financia campanhas que custam cada vez mais caro. É simples assim.
Surpreso? Não brinque.
Candidato rico pode até gastar parte do seu dinheiro para se eleger. São raros.
O senador Blairo Maggi (PR-MT) talvez seja um deles. Sua fortuna cresceu 356% entre 2006 e 2010 quando governou Mato Grosso pela segunda vez consecutiva. É o rei da soja. E a soja, sabe como é...
De remediado para baixo, candidato usa o dinheiro dos outros para se eleger. E fica devendo favores que depois tenta pagar no exercício do mandato.
Emplacar um protegido em cargo de relevo é meio caminho andado para pagar o que deve e sair com lucro. Perguntem ao experiente senador José Sarney se não é...
Há uma secretária de empresa estatal da área de energia que só faz uma coisa durante o expediente: cuidar dos interesses do senador. Ora ela atende o próprio, ora algum dos filhos dele.
Antes que passe pela cabecinha de Sarney a ideia de me processar, adianto logo: tudo o que ele faz, tudo mesmo, é legal. Fui claro? Fui convincente?
Estamos conversados. Adiante.
O PT só chegou ao poder que de fato importa quando resolveu se comportar como os demais partidos. Lula cansara de perder. Então arquivou a vergonha.
Certo dia, entre 1998 e 2002, chamou José Dirceu e disse mais ou menos isto: “Só serei candidato pela quarta vez se for para ganhar. E para ganhar vale tudo”.
Valeu, por exemplo, comprar o passe do Partido Liberal (PL) de Valdemar Costa Neto por pouco mais de R$ 6 milhões. Lula assistiu à compra sentado num terraço de apartamento, em Brasília.
Parte do dinheiro para a compra foi doada pelo seu então candidato a vice, José Alencar. O apoio do PL resultou em mais tempo de televisão e de rádio para Lula. Apoio de partido vale por isso.
No primeiro mandato, Lula recusou-se a pagar o preço pedido pelo PMDB para apoiá-lo. O PMDB queria cargos, muitos cargos. E autonomia para tirar proveito deles.
Contrariando José Dirceu, Lula imaginou que poderia governar comprando apoios a cada votação importante no Congresso. O mensalão derivou disso. E deu no que deu.
O loteamento do governo consumou-se no segundo mandato. E foi responsável pela montagem da coligação de 11 partidos que apoiou Lula e que depois apoiaria Dilma.
Pergunte a qualquer ex-presidente da República se os partidos que governaram junto com ele não se aproveitaram de cargos para roubar. Pensando melhor, não pergunte.
Todos negarão que isso tenha ocorrido. Há assuntos sobre as quais não se fala.
Na vida real, os governantes admitem certa margem de roubo. Caso o roubo vire um escândalo e o ameace, ele é obrigado a limpar a área. Os partidos e eventuais ocupantes de cargos públicos concordam que ele proceda assim. Desde que ninguém vá preso.
No programa “Zorra Total” da RedeGlobo de Televisão, no último sábado, ouvi o comentário de um personagem cínico e ao mesmo tempo engraçado: “Voltar? Dinheiro de corrupção? Não volta. Volta vestido tubinho. Volta pantalona. Mas dinheiro de corrupção não volta”.
Bingo! É da regra do jogo. Sem prisão– salvo se temporária e curta. Sem devolução.
A verdade é relativa em países considerados livres. Em países dotados de regimes autoritários, existem verdades absolutas.
Posso dizer, por exemplo, que Dilma tem-se mostrado mais intolerante do que Lula com a corrupção. Ou posso dizer que Dilma não tem o cacife que Lula tinha para tolerar a corrupção. Assim será se lhe parecer.
Uma vez denunciados pela imprensa, Dilma livrou-se no curto período de 11 meses de governo de cinco ministros suspeitos de envolvimento com irregularidades. Tem um sexto aí na bica.
Em qualquer outro lugar já se teria dito com todas as letras e a ênfase necessária que o governo apodreceu. Sim senhor, apodreceu. Está dito.

Proibição de bingo era só fachada para beneficiar Cachoeira

Roberto Maltchik, O Globo
Apresentado em 2002 pelo ex-senador Maguito Vilella (PMDB-GO), o projeto de lei 7.228 é revelador sobre o interesse de Carlos Cachoeira em manter fiéis aliados no Congresso. A proposição, citada nas conversas telefônicas interceptadas pela Polícia Federal entre Cachoeira e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), aparentemente trata da proibição do jogo de bingo no Brasil.
Entretanto, guarda um artigo que daria liberdade ao contraventor para atuar com desenvoltura no mercado de loterias oficiais.Numa só tacada, a proposta de Vilella, atual prefeito de Aparecida de Goiânia (GO), tornaria crime a exploração do jogo de bingo, mas permitiria aos estados e ao Distrito Federal criarem suas próprias loterias, atividade hoje restrita à União.
O flanco para a exploração até do jogo do bicho ficou patente no relatório na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara, produzido pelo ex-deputado Luiz Bittencourt (PMDB-GO).
O texto foi redigido em abril de 2004: “A prevalecer esta intenção, os estados e o Distrito Federal poderiam, a seu critério, regular e autorizar quaisquer tipos de jogos, em concorrência com os da União, podendo, inclusive, legalizar jogos que se encontram hoje na clandestinidade, como é o caso do denominado “jogo do bicho”.
Cinco anos depois, em diálogos gravados em 2009 e revelados pelo GLOBO na quinta-feira, Cachoeira pede a Demóstenes para acompanhar a tramitação do projeto na Câmara. Nas conversas, o senador promete interceder para tentar a aprovação do texto. Demóstenes alerta o contraventor sobre a proibição dos bingos, o primeiro artigo: “Então, inclusive te pega, né?”
Mas Cachoeira avisa que há a permissão para regularização de loterias estaduais, justamente onde o contraventor acreditava que poderia regularizar sua atividade.
Leia mais em Proibição de bingo era só fachada para beneficiar Cachoeira

Deputado Stepan Nercessian recebeu R$ 175 mil de Cachoeira

Folha de São Paulo
O deputado federal e ator Stepan Nercessian (PPS-RJ) recebeu R$ 175 mil no ano passado do empresário Carlinhos Cachoeira, acusado de chefiar uma quadrilha que explorava o jogo ilegal.
Stepan admitiu à Folha que recebeu o dinheiro, após ser informado de que as transações aparecem em grampos da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que levou à prisão de Cachoeira.
Ele confirmou que recebeu do empresário um depósito no valor de R$ 160 mil em 17 de junho no passado.
Segundo Stepan, o montante era para ser usado na compra de um apartamento no Rio, avaliado em mais de R$ 500 mil. No dia 20 de junho, o deputado devolveu o dinheiro para a mesma conta de uma empresa do grupo de Cachoeira, segundo extrato que ele enviou à Folha.
Assinante do jornal leia mais em Deputado recebeu R$ 175 mil de Cachoeira

Empreiteiro diz que presidente do DEM recebeu R$ 1 milhão

Foto: Arquivo / O Globo

Carlos Madeiro, Uol
O MP-RN (Ministério Público do Rio Grande do Norte) encaminhou à Procuradoria Geral da República um depoimento do empreiteiro potiguar José Gilmar de Carvalho Lopes, no qual ele afirma que o senador e presidente nacional do DEM, José Agripino Maia, teria recebido R$ 1 milhão em dinheiro “vivo” para a campanha de 2010 no Estado. O senador, que desde terça-feira é o líder do partido no Senado, nega veementemente a denúncia.
O depoimento do empresário --que é dono da construtora Montana, uma das maiores do Rio Grande do Norte-- foi dado em novembro de 2011, durante as investigações de um suposto esquema montado para manter o monopólio indevido nas inspeções ambientais veiculares no Estado, que poderia render R$ 1 bilhão aos acusados.
Ao todo, 36 pessoas foram denunciadas e 27 tiveram a denúncia aceita --entre elas o suplente de Agripino Maia-- e se tornaram réus no processo da operação Sinal Fechado. As fraudes teriam sido realizadas com a participação de políticos, ex-governadores e servidores do Detran-RN (Departamento de Trânsito do Rio Grande do Norte).
O depoimento vazou do processo, que corre em segredo de Justiça, e foi publicado por blogs e sites do Rio Grande do Norte nesta quinta-feira (29).
À reportagem do UOL, a assessoria de imprensa do MP-RN confirmou a veracidade do depoimento e que o documento foi remetido para a Procuradoria Geral da República, já que o senador tem foro privilegiado, para que decida se uma investigação será aberta ou não. Por sua vez, o MP-RN não soube informar como o documento foi parar na mão de jornalistas potiguares.
No depoimento, Gilmar afirmou que o repasse do R$ 1 milhão --que seria fruto do desvio de recursos públicos do Detran-RN-- teria sido feito pelo advogado George Olímpio, que foi preso e denunciado na operação Sinal Fechado. Além do declarante, uma advogada e dois promotores assinam o documento.
Leia mais em Em depoimento ao MP, empreiteiro diz que presidente do DEM recebeu R$ 1 mi em dinheiro para campanha de 2010


EM VEJA – Um senador desce aos infernos. Ou: Investigação esbarra no governo petista do Distrito Federal e no governo tucano de Goiás

A edição desta semana traz uma reportagem de Rodrigo Rangel sobre as relações do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) com o contraventor Carlinhos Cachoeira. Há trechos inéditos das conversas entre os dois. Mas não só isso. Há indícios de que a máfia tem ramificações nos governos do Distrito Federal, comandado pelo petista Agnelo Queiroz, e de Goiás, do tucano Marconi Perillo. Leiam trecho da reportagem.
DIÁLOGO GRAVADO EM 14 DE ABRI L DE 2011
Demóstenes novamente presta favores a Cachoeira e seus amigos. Desta vez, ao receber pedido para solucionar uma demanda de um colega do contraventor no Ibama, ele oferece uma solução ainda melhor: ir por cima e conversar direto com a ministra do Meio Ambiente, com quem diz ter uma relação muito boa.
Cachoeira - O Rossini vai tá aí amanhã pra ir lá no Ibama.
Demóstenes - Uai, tranquilo!
(…)
Cachoeira - No Ibama. Já tá marcado lá. Você podia acompanhar ele lá.
Demóstenes - Ah, tá. Que horas?
Horas depois, a dupla volta a tratar do assunto:
Demóstenes -
Tô achando que este trem de Ibama não vai resolver nada pra ele, não. Tô às ordens, mas acho que é melhor ir por cima. Eu tenho acesso bom à ministra.
Cachoeira -
À ministra?
Demóstenes -
Ministra! A ministra lá do Meio Ambiente. O Ibama é subordinado a ela, uai!
Cachoeira - Agora. Vou falar pra ele te chamar aí. Obrigado aí!
Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal abriu inquérito para investigar Demóstenes. “Meu cliente é vítima de uma investigação ilegal”, afirma o advogado do senador, Antonio Carlos de Almeida Castro. A investigação promete causar danos também em outras frentes. Os grampos telefônicos põem na cena da máfia os governos de Brasília, comandado por Agnelo Queiroz (PT), e de Goiás, controlado por Marconi Perillo (PSDB).
Em Brasília, as escutas indicam que o grupo tinha acesso ao gabinete de Agnelo. Inclusive para fazer indicações políticas. “Esse documento aí é para botar na mão do Marcelão (…) Ele vai direto no gabinete do governador”, diz o araponga Idalberto Matias, o Dadá, um dos capangas de Cachoeira. “São os nomes que a gente quer”, afirma. O governador Agnelo negou a VEJA qualquer relação com a tropa de Cachoeira.
Em Goiás, as investigações mostraram que o ponto de contato entre Cachoeira e o governador Marconi Perillo era um ex-vereador de Goiânia. Também lá o contraventor decide nomeações - e diz até que cargos cada indicado vai ocupar e quanto vai ganhar. O governador de Goiás também nega ligação com Cachoeira e diz que combate “toda sorte de crimes e contravenções”.
Por Reinaldo Azevedo

Quando escroques escrevem para idiotas. Ou: Cadê o petista Rubens Ottoni? O noticiário o comeu?

O crime organizado disfarçado de jornalismo chega a ser cômico. O primeiro veículo impresso a noticiar as relações entre o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e Carlinhos Cachoeira foi, olhem que coisa!, a VEJA, na edição que começou a chegar aos leitores no dia 3 de março — reportagem feita na Sucursal de Brasília, sob o comando de Policarpo Júnior.
Pois bem. No dia seguinte, a súcia, sob o comando do chefe de quadrilha, fazendo de conta que a reportagem não era de VEJA, decidiu vir a público para atacar… Reinaldo Azevedo!!! Demóstenes seria, diziam, meu amigo, não um político com quem eu falava esporadicamente, a exemplo de outros tantos — e como fazem todos os jornalistas. Sim, eu gostava da parte conhecida de sua atuação e a elogiava por bons motivos. Escrevi ontem a respeito. A pilantragem não colou! O alvo seguinte foi Policarpo (obviamente, o que interessa é atacar a independência de VEJA), chefe da sucursal de onde saíra justamente a reportagem que tinham usado para tentar me atacar.
No dia 5, publiquei aqui uma entrevista com Demóstenes, em que perguntava, como se pode verificar, tudo o que tinha de ser perguntado.  No próprio post, alguns seres vindos das trevas indagavam:  “Não vai falar nada sobre o Demóstenes?”. Todas as informações relevantes sobre o caso, muitas delas da VEJA Online, estão no blog. Num longo texto opinativo intitulado “O caso Demóstenes, o Jornalismo da Esgotosfera Governista e o que tem de ser dito. Ou: Quando a PF usará com petistas o método que usa com oposicionistas?“, escrevi o óbvio: todos têm de pagar por seus erros, e as investigações não podem ser seletivas. Ontem, publiquei o que considero o meu melhor post a respeito: “Demóstenes e José Dirceu: dois casos emblemáticos da República. Ou: Como reagem os moralmente doentes e os moralmente saudáveis diante do caso“.
Muito bem! A militância paga da esgotosfera não têm dúvida e repete o mantra: “Você não vai falar nada a respeito de Demóstenes?” O mais curioso é que a canalha continua a enviar esses comentários nos posts que tratam do… Caso Demóstenes!!! Tomam-se como medida das coisas. Por quê?
Seus inspiradores, sim, empregadinhos do quadrilheiro, deixam de noticiar o que não interessa “ao partido”. A evidência mais contundente de que Carlinhos Cachoeira comprava políticos são dois vídeos em que combina repasse de dinheiro, por fora, pelo caixa dois do PT, entende-se, para Rubens Ottoni, deputado petista de Goiás. Um dos vídeos segue abaixo. Volto depois.
Voltei
Como vocês notaram, Ottoni desapareceu do noticiário. E o Jornalismo da Esgotosfera Governista (JEG) nem sequer toca no seu nome. Alguns idiotas caem de graça na conversa dos escroques remunerados.
Por Reinaldo Azevedo

“Chefe”, senador discutia ações no Parlamento

Por Vannildo Mendes, no Estadão:
Um dos principais operadores da organização criminosa comandada pelo contraventor Carlinhos Cachoeira, o sargento reformado da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, tratava o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) por “chefe”. Diálogo telefônico interceptado pela Polícia Federal em junho de 2009, no âmbito da Operação Vegas, mostra Demóstenes em posição de comando, passando ordens para Dadá e coordenando ações dentro do Senado.

“Entendeu o que eu falei?”, indaga Demóstenes ao final da explicação sobre as ações desenvolvidas no Parlamento. “Entendi, entendi. Eu vou avisar pra eles, mas… mesmo assim ficou bom, né chefe?”, responde Dadá.
Referindo-se à mobilização política que comandava para aprovação de medidas legislativas, Demóstenes atualiza o ex-sargento: “É, ficou bom porque dá pra acudir, foi bom ter trazido o tema, (mas) não dá pra fazer nada em uma semana, nada, a não ser discurso. Isso não resolve, até porque eu já tô com a lista que você me passou. É… na hora que o presidente anunciar o negócio, eu convoco uma audiência pública pra discutir o tema”.
Dadá demonstra ter contatos na mídia para difundir interesses do grupo: “Aí eu aviso a imprensa”. Demóstenes encerra a ligação, de menos de três minutos: “Mas pode ter certeza que o negócio vai ser polêmico”.
A operação Vegas, realizada em 2009, levantou indícios que resultaram em outra operação, a Monte Carlo, desencadeada em 29 de fevereiro passado, na qual foi desarticulara uma ampla rede de jogos ilegais comandada por Cachoeira. Ele e Dadá estão presos à disposição da Justiça.
A Vegas indiciou várias pessoas, mas a parte que alcança Demóstenes e outros parlamentares era desconhecida até agora porque, por envolver réus com prerrogativa de foro especial, a investigação dependia de pedido de inquérito da Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal (STF), o que não foi feito na ocasião.
(…)
Por Reinaldo Azevedo

Nas águas de Ideli - Cobrar doação de empresa contratada por ministério é “malfeito”, acusa ex-ministro

Por Marta Salomon, no Estdão:
Sucessor de Ideli Salvatti no Ministério da Pesca, o deputado petista Luiz Sérgio classificou ontem de “malfeito” a ação da pasta de cobrar dinheiro para o PT de Santa Catarina de uma empresa contratada pelo governo federal. A Intech Boating, que forneceu por R$ 31 milhões lanchas-patrulha para o ministério, doou R$ 150 mil ao comitê financeiro do PT, que bancou 81% dos custos da candidatura de Ideli em 2010 ao governo de Santa Catarina, como revelou com exclusividade o Estado ontem. O contrato das lanchas é considerado suspeito pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A petista, hoje, é titular da pasta de Relações Institucionais.
“Em relação à iniciativa do ministério de buscar contribuições, minha posição é contrária a isso. Não é função de ministério arrecadar dinheiro para candidaturas ou para partidos”, disse o ex-ministro da Pesca, a quem coube dar destino à maior parte das 28 embarcações compradas. As lanchas-patrulha estavam estragando, sem uso, num caso de desperdício de dinheiro público investigado pelo TCU. O Ministério da Pesca optou por doar a maioria à Marinha.
Questionado se enxergava corrupção no caso, Luiz Sérgio optou pelo vocabulário adotado pela presidente Dilma Rousseff. “Eu diria, como a nossa presidente tem feito, que é um malfeito.” Luiz Sérgio ficou no cargo apenas seis meses, após perder o posto de articulador político do governo para a ministra Ideli Salvatti, em junho do ano passado.
Anteontem, o dono da Intech Boating, José Antônio Galízio Neto, afirmou ao Estado que a doação ao partido havia sido feita em 2010 a pedido do ministério. “A solicitação veio pelo Ministério da Pesca, é óbvio. E eu não achei nada demais, porque eu estava trabalhando para o governo, faturando naquele momento R$ 23 milhões, R$ 24 milhões, não havia nenhum tipo de irregularidade”, disse, mudando em seguida de versão e apontando um político local, “um vereador ou candidato a deputado, uma coisa assim”, como o responsável pelo pedido de doação ao PT.
Irregular. O negócio que resultou em doação para o comitê petista contém irregularidades, segundo auditoria aprovada pelo TCU na quarta-feira. O relatório afirma que a licitação foi dirigida para a Intech Boating, sediada em Santa Catarina, base política dos ministros Altemir Gregolin e Ideli Salvatti. Além disso, ainda de acordo com o tribunal, as lanchas foram compradas sem necessidade e superfaturadas.
Ontem, o dono da Engetec - empresa desclassificada “sem justificativa adequada” da licitação das lanchas, segundo o TCU - confirmou a interpretação do tribunal. César Thomé Filho contou que a Engetec reduziu o preço proposto pela Pesca de R$ 1,6 milhão para R$ 1 milhão. Apesar de atender aos pré-requisitos do edital, perdeu o negócio (leia entrevista abaixo).
(…)
Por Reinaldo Azevedo

A equipe da supergerente precisa de um Ministério das Águas Marítimas e Fluviais

No instante em que o petroleiro João Cândido flutuou pela primeira vez nas águas do Atlântico, o presidente Lula anunciou no palanque armado no Porto de Suape a ressurreição da indústria naval brasileira. O comício deveria festejar, em maio de 2010, a viagem inaugural do colosso encomendado pela Petrobras ─ e inteiramente fabricado por aqui. Acabou comemorando um banho de mar de meia hora. Antes que Lula se transformasse no único governante da história a inaugurar um naufrágio, a embarcação foi recolhida ao estaleiro de onde nunca mais saiu. Passados quase dois anos, continua estacionada em terra firme. Além do trem-bala invisível, o governo inventou um navio que não navega.
E ninguém sabe quando vai enfrentar as ondas pela segunda vez, informa a repórter Júlia Rodrigues na seção O País quer Saber. Os defeitos de fabricação são tão alarmantes que só podem ser consertados em paragens no exterior governadas por gente menos gabola e mais competente. Há quase dois anos à espera do reboque, o João Cândido custou  R$ 336 milhões ─ o dobro do preço de um similar importado. Também por isso, a estatal perdulária não se queixa do atraso na entrega de outros 21 petroleiros encomendados ao consórcio de empresas nativas.
O navio que tem medo do mar é a prova mais imponente de que o governo Lula-Dilma bate qualquer recorde de inépcia quando se mete em algo que tenha alguma coisa a ver com água. Nesta quarta-feira, por exemplo, auditores do Tribunal de Contas da União localizaram outra enxurrada de patifarias e pilantragens nos canteiros de obras semidesertos da transposição das águas do Rio São Francisco. No dia em que a inspeção foi autorizada, um dos lotes da maior promessa do PAC estava orçado em R$ 693 milhões. Semanas mais tarde, quando os fiscais apareceram por lá, a parceria entre empresas especializadas em superfaturamento e a turma em ação no Ministério da Integração Nacional já subira a conta para R$ 720 milhões.
Nenhum item escapa aos craques da multiplicação da gastança. A areia utilizada pelas empreiteiras, por exemplo, superou em 143% o preço médio do mercado. É o grão mais caro do planeta. Desde a chegada de Dilma à presidência, a transposição ficou 71% mais cara: o projeto concebido para promover Lula a Dom Pedro III vai engolir R$ 8,2 bilhões. Por enquanto: o prazo de validade das cifras termina na próxima revisão dos contratos.
Também nesta semana, o TCU fisgou mais bandalheiras no Ministério da Pesca. Em 2010, o então ministro Altemir Gregolin (militante do PT catarinense) encomendou à Intech Boating (empresa catarinense que costuma bancar despesas eleitorais do PT estadual) uma frota de 28 lanchas. Segundo Gregolin, serviriam para patrulhar o litoral. Segundo a legislação, não cabe ao Ministério da Pesca patrulhar o litoral. No mesmo ano, a Intech Boating retribuiu a gentileza com outro adjutório milionário entregue aos tesoureiros da campanha de Ideli Salvatti, candidata (do PT) ao governo catarinense.
Surrada nas urnas, a companheira que não distingue um lambari de um criado-mudo foi consolada por Dilma Rousseff com o Ministério da Pesca. Ficou no cargo cinco meses, tempo suficiente para autorizar o pagamento de R$ 5,2 milhões, última parcela dos R$ 31 milhões pescados pela Intech Boating. O TCU constatou que, das 28 lanchas, 23 nunca viram o mar. As restantes se prestaram a passeios que deveriam ter sido patrulhados pela polícia.
Tudo somado, está claro que a supergerente de araque precisa criar urgentemente um Ministério das Águas Marítimas e Fluviais, que se encarregaria de centralizar lambanças aquáticas hoje distribuídas por dois ministérios e uma estatal. A inovação não fará o João Cândido flutuar, não reduzirá a roubalheira no São Francisco nem vai bloquear a passagem de cardumes de negociatas. Mas pelo menos dois problemas serão resolvidos. Em vez do ministro da Pesca, do ministro da Integração Nacional e de figurões da Petrobras, só o caçula do primeiro escalão estará frequentando o noticiário político-policial. E os jornalistas seriam desinformados num único guichê.
Com a nomeação de um vice-rei dos rios e dos mares, enfim, os ministros serão 40, número mais apropriado para bandos. E a presidente terá uma opção a mais na hora de escolher o alvo do pito, da carranca ou do chilique.