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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013


Extratos de chá verde e vinho tinto desarmam Alzheimer no cérebro


cha-verde-vinho-alzheimerOs compostos ativos presentes no chá verde e no vinho tinto interrompem um processo-chave na progressão do Mal de Alzheimer.
Em experimentos de laboratório, os pesquisadores isolaram o processo que permite que aglomerados das proteínas amiloide beta liguem-se às células do cérebro.
A seguir, eles conseguiram interromper esse processo usando extratos purificados de catequina, extraída do chá verde, e resveratrol, extraído do vinho tinto.
“Esse é um passo importante para aumentar a nossa compreensão das causas e da progressão da doença de Alzheimer,” disse o professor Nigel Hooper, da Universidade de Leeds (Inglaterra), um dos coordenadores do estudo, que foi publicado na revista científica Journal of Biological.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

IRMÃO DO PREFEITO DE CAMPO REDONDO É CONDENADO POR IMPROBIDADE


Da assessoria do Ministério Público Federal:

Ação do MPF/RN resulta em condenação de ex-prefeito de Tangará
Um total superior a R$ 46 mil da verba destinada à saúde básica foi usada em compra de alimentos, combustíveis, confecção de molduras, serviços mecânicos, limpeza de matadouro e até filmagem.
A 4ª Vara da Justiça Federal condenou o ex-prefeito de Tangará, Giovannu César Pinheiro e Alves, por improbidade administrativa. A sentença atende a Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público Federal no Rio Grande do Norte (MPF/RN). O ex-gestor utilizou, entre 2003 e 2004, verbas superiores a R$ 46 mil, destinadas à saúde básica, para diversas outras finalidades e ainda pagou gratificação com cheque em valor superior ao devido.
O juiz Federal Janílson Bezerra condenou Giovannu César a ressarcir o dano causado pelo pagamento a mais feito com o cheque (R$ 630) e a uma multa civil equivalente a duas vezes a remuneração então recebida como prefeito, além de pagar as custas e honorários advocatícios, fixados em 20% sobre o valor da condenação.
O Ministério Público Federal irá recorrer da parte final da sentença, solicitando que o réu tenha de ressarcir o valor integral da verba usada indevidamente, que atualizada em 2009 já representava mais de R$ 62 mil. O recurso requer ainda o pagamento de multa equivalente a esse mesmo valor e suspensão dos direitos políticos do ex-prefeito por cinco anos, período no qual ele também ficaria proibido de contratar com o poder público. O MPF destaca que o desvio de finalidade contribuiu para que as equipes de saúde da família do município não alcançassem seus objetivos.
A Ação Civil Pública apontou que dos R$ 166.344 repassados pelo Ministério da Saúde à Prefeitura de Tangará, dentro do Piso de Atenção Básica (PAB Fixo) entre 2003 e março de 2004, um total de R$ 46.258,47 foram utilizados indevidamente. As verbas deveriam ser aplicadas em ações ligadas ao serviço básico de saúde, tendo como eixo fundamental as equipes de saúde da família.
No entanto, fiscalização da Controladoria Geral da União identificou o uso irregular desses recursos na aquisição de combustível; pagamento de seguro obrigatório; limpeza do matadouro; compra de gêneros alimentícios e material de limpeza; material de expediente; contratação de serviço de transporte de pessoas para tratamento de saúde em outro município; reforma de um hospital; filmagem de eventos; serviços mecânicos em veículos; confecção de molduras; e pagamento de diárias e gratificações.
O ex-prefeito efetuou ainda o pagamento de uma gratificação de produtividade, no valor de R$ 1.440, com um cheque na quantia de R$ 2.070. O magistrado considerou ter ocorrido erro material no cálculo da despesa. “Por outro lado, evidente que, se foram utilizados recursos da ordem de R$ 2.070 para o pagamento de despesa equivalente a R$ 1.440, é fato que houve apropriação indevida do valor remanescente, muito embora não se demonstre, dos autos, a quem possa ser atribuído”, relata na sentença.
Os recursos do PAB deveriam ser aplicados exclusivamente em ações como consultas médicas em especialidades básicas; atendimento odontológico básico; vacinação; e pequenas cirurgias. “Significa que jamais poderia o então gestor destinar qualquer parcela da verba ao custeio de despesas alheias aos propósitos do programa, como, de fato, se descortina. Resta, portanto, plenamente caracterizado o desvio de finalidade das verbas do Piso de Atenção Básica”, conclui o juiz Federal.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Confirmado: o ator Walmor Chagas cometeu suicídio

A versão de que o ator Walmor Chagas cometeu suicídio é dada como certa pela polícia, após emissão de laudo provisório criminal nesta segunda-feira em Guaratinguetá, no interior de São Paulo. Segundo o delegado Antonio Luiz Marcelino, da 2ª DP de Guaratinguetá, os próximos passos da investigação vão buscar os motivos que levaram o ator a tirar a própria vida. Vizinhos e familiares serão ouvidos nas próximas semanas. O inquérito tem prazo máximo de 30 dias para ser concluído e o período pode ser estendido se for necessário.

Norma do Contran para motoboys e mototaxistas começa a valer a partir de 2 de fevereiro

mototaxi2A partir do dia 2 de fevereiro, os motoboys – motociclistas que usam o veículo para trabalhar com entregas – que não tiverem passado por curso de capacitação, não usarem colete com faixas reflexivas nem trafegarem usando antena corta-pipa e protetor de pernas poderão ser multados pela fiscalização do trânsito. As determinações fazem parte de norma do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) com o objetivo de melhorar a segurança dos motociclistas profissionais e valem também para os mototaxistas. A regulamentação deveria entrar em vigor em agosto de 2012, mas foi adiada devido à pressão da categoria. A resolução é válida para todo o país.

Salário do prefeito Carlos Eduardo será de R$ 25mil

carlos eduardo TNJá está em vigor os novos salários do prefeito, vice-prefeito, secretários e vereadores de Natal. Com o aumento, o salário do prefeito Carlos Eduardo sobe de R$ 14 mil para R$ 25 mil. Já o vice-prefeito que ganhava R$ 11,2 mil agora receberá R$ 20 mil.
Enquanto que o salário do vereador salta de R$ 15 mil para R$ 18 mil.

Justiça determina realização de reparos e melhorias na Ponte Newton Navarro

O Governo do Estado do Rio Grande do Norte e o Município de Natal estão obrigados a promoverem uma série de melhorias na estrutura da pontenewtonnavarroPonte Newton Navarro. A decisão é do juiz Airton Pinheiro, da 5ª Vara da Fazenda Pública de Natal, ao analisar uma Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público Estadual que pede a instalação do sistema de “defensas” – equipamentos de proteção dos pilares da estrutura – na ponte. No caso da construção das “defensas” e implementação do “sistema de segurança dos pilares do vão central” da ponte, o magistrado não reconheceu a urgência do pedido liminar formulado, haja vista que o prazo concedido ao Estado pela Capitania dos Portos para instalação do sistema não se esgotou.
Da mesma forma ocorreu em relação à realização de um estudo de resistência estrutural e análise de risco para avaliar a vulnerabilidade e os danos que seriam provocados à estrutura da ponte em caso de choque. Pelo mesmo motivo, o magistrado entendeu que a realização desta providência também deve aguardar.
Porém, o juiz estipulou outras medidas, para cumprimento tanto por parte do Estado, quanto por parte do Município. Entre elas, a que determina que o Estado providencie, no prazo de 30 dias contados da notificação pessoal da Governadora, a restauração dos painéis com as sinalizações náuticas diurna e noturna. Esse painéis indicam o “ponto de melhor passagem” aos navios.
Também foi determinado que o Estado providencie a instalação da luz rítmica branca, no sentido do canal de acesso – Porto de Natal, indicativa de “águas seguras”, sob pena de multa única pelo descumprimento no valor de R$ 500 mil, a ser mantida em depósito judicial, que deverá ser restituída ao Estado mediante comprovação do cumprimento da medida.
O magistrado determinou também que o Estado e o Município de Natal, conjuntamente, providenciem, em 60 dias, a realização da manutenção dos parafusos que têm a função de vedar a emenda das baias na parte superior da ponte, sob pena de multa única pelo descumprimento no valor de R$ 500 mil, contra cada um dos entes públicos, a ser mantida em depósito judicial, a ser restituída a mediante comprovação do cumprimento da medida.

Exercício físico aeróbico combate insuficiência cardíaca

pular_cordaA prática de exercícios físicos aeróbicos interrompe o processo degenerativo observado na insuficiência cardíaca.A insuficiência cardíaca é uma condição caracterizada pela incapacidade do coração de bombear sangue adequadamente. A descoberta foi feita por Juliane Cruz Campos, na Universidade de São Paulo (USP), e foi publicado na revista científica PLoS One.
O trabalho é a continuação de uma pesquisa anterior, quando a equipe do professor Júlio César Batista Ferreira descobriu que o coração insuficiente não bate bem por causa de um defeito no sistema de controle de qualidade das células cardíacas – responsável por destruir proteínas danificadas.
Sem esse mecanismo de limpeza, proteínas altamente reativas se acumulam no citoplasma, interagem com outras estruturas e acabam causando a morte da célula cardíaca, agravando ainda mais o quadro.
No estudo anterior, os cientistas testaram em ratos uma molécula, a βIIV5-3, que foi capaz de normalizar o controle de qualidade e reverter o processo degenerativo.

Enxaqueca pode ter relação com doenças cardiovasculares em mulheres

C2D7655D2A2C8CA97720D95861E5Dois estudos divulgados dia 15 de janeiro encontraram uma relação entre enxaqueca a uma maior chance de doenças cardiovasculares em mulheres. Os resultados de ambos os estudos foram publicados pela Academia Americana de Neurologia e serão apresentados em março, quando acontecerá o encontro anual da entidade. Uma das pesquisas, feita no Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica da França, acompanhou, ao longo de 15 anos, 27.860 mulheres com mais de 45 anos, dentre as quais 1.435 relataram sofrer de enxaqueca com aura periodicamente. Durante esse tempo, foram registrados 1.030 casos de ataque cardíaco, acidente vascular cerebral (AVC) ou mortes por alguma doença cardiovascular. Os pesquisadores observaram que a enxaqueca com aura foi o segundo fator de risco que contribuiu para algum desses eventos cardiovasculares, ficando atrás apenas da hipertensão e à frente de diabetes, tabagismo, obesidade e até mesmo histórico de doença cardíaca na família.
A segunda pesquisa foi feita no Brigham and Women Hospital, da Universidade de Harvard. A equipe acompanhou, durante 11 anos, quase dois milhões de mulheres, dentre as quais 145.304 faziam uso de algum contraceptivo hormonal – 2.691 dessas relataram sofrer de enxaqueca com aura e 3.437 afirmaram ter enxaquecas sem aura. Os resultados mostraram que o maior risco de trombose venosa profunda foi mais perceptível entre mulheres que faziam uso de anticoncepcionais e que tinham enxaqueca com aura. Ou seja, foi maior do que entre aquelas que faziam uso de algum contraceptivo, mas não tinham enxaqueca, por exemplo.
Os pesquisadores afirmam que as pessoas não devem interpretar esses resultados com pavor. De acordo com eles, se uma pessoa sofre de enxaqueca com aura, ao tratar a condição, ela reduzirá o risco de problemas cardiovasculares. Além disso, ela deve procurar um equilíbrio entre outros fatores de risco que também afetam o coração, como cigarro e obesidade. Os autores não souberam explicar, porém, qual é o mecanismo envolvido na relação entre enxaqueca e fatores de risco para doenças cardiovasculares.

Delator do mensalão vira garoto propaganda de Lula

20130122011940_cv_JeffillInimigo figadal do PT, o ex-deputado federal Roberto Jefferson, delator do mensalão, ‘lançou’ a candidatura do ex-presidente Lula ao governo do estado de São Paulo. O presidente licenciado do PTB publicou em seu blog diversas análises da postura pública do cacique petista nos últimos dias. O réu do mensalão, condenado a 7 anos de prisão em regime semiaberto, foi aliado de primeira hora de José Serra (PSDB-SP) na última eleição presidencial, mas não esconde que a conjuntura política em São Paulo, muito por conta da onda de criminalidade, é propícia a uma candidatura de Lula: ‘A campanha está pronta e João Santana já deve estar começando a planejá-la e, mais ainda, realizá-la’, afirma.
O petebista crê que uma pesquisa divulgada pelo Ibope na última semana, mostrando que o paulista vê sua qualidade de vida e sensação de segurança diminuirem, é tudo que o petista sonhou para a eleição do ano que vem. Em outro texto, dessa vez sobre a disputa presidencial, não esconde a torcida: ‘Para a oposição, o ideal seria Lula-lá… longe’.

HUMOR


Rebanho do Rio Grande do Norte pode ter diminuído mais de 30%

O Jornal de Hoje destaca que das 770 mil doses da vacina contra aftosa postas à venda no Rio Grande do Norte durante a segunda fase da campanha de vacinação, encerrada no último dia 30, 715 mil foram vendidas, segundo o Instituto de Defesa Animal do estado (Idiarn).
Isso representou uma queda de 30% no volume de vacinas vendidas em relação a primeira fase da campanha, encerrada em março, quando o rebanho estimado no RN era de 1.092 milhão de cabeças. A diferença a menos de 377 mil cabeças pode ser o número aproximado das perdas com a estiagem, que podem ser ainda maiores se a cobertura vacinal atingir os 80% como projetam os técnicos e é o percentual mínimo aceitável pela campanha.

Calígula dava ordens à Lua e lhe fazia ameaças; Lula redesenha a Terra. Ou: O Apedeuta, como Saturno, decidiu engolir a própria cria

Vejam esta imagem.

É Saturno engolindo uma de suas crias, na versão terrificante de Goya. Por que está aqui? Vamos lá.
Lula é um logólatra. Mas não é fissurado num “logos” qualquer. Ele também é um “Lulólatra”. É apaixonado pelo som da própria voz. Às vezes, a gente nota, ele se deixa encantar pela complexidade do próprio pensamento, que alcança sempre altitudes ignotas. Foi assim, por exemplo, quando refletiu sobre a conveniência de a Terra ser quadrada, não redonda. Vale a pena rever.
Num programa da VEJA.com, lembrei essa diatribe astrometafísica de Lula e uma outra frase sua não menos sensacional, quando demonstrou certa invejinha de Dilma porque ela teria tido a sorte de suceder a alguém como ele…
Já identifiquei a doença de Lula, que o citado Freud não teve tempo de diagnosticar. É a SIPP (Síndrome da Inveja do Próprio Pênis). Lula se ama de tal sorte que adoraria ser… Lula, como Narciso que mergulha em busca da própria imagem. Certos governantes têm dessas coisas.
Lembrei aqui certa feita como Suetônio caracterizou o imperador Calígula em “Os Doze Césares”. Leiam um trechinho que traduzi (em azul). Vale a pena:
(…)
Mas lhe disseram que era superior a todos os príncipes e reis da Terra, e então começou a atribuir a si mesmo a divina majestade. Fez trazer da Grécia as estátuas dos deuses mais famosos (…) entre elas a de Júpiter Olímpico, da qual cortou a cabeça para substituir pela sua própria. Estendeu até o Fórum uma ala de seu palácio e transformou o templo de Castor e Pólux num pátio, sentando entre os dois irmãos, oferecendo-se à adoração da multidão. Alguns o saudavam como Júpiter Latino. Teve, para a sua divinização, o seu próprio templo, sacerdotes e as oferendas mais raras. Nesse templo, podia-se contemplar sua estátua de ouro (…). As vítimas sacrificadas a este deus eram flamingos, pavões, codornas, galinhas da Numídia, galinhas d’angola, faisões — a cada dia uma espécie diferente.
À noite, quando a Lua estava cheia, ele a convidava a vir receber o seu abraço e a compartilhar seu leito. Durante o dia, mantinha conversações secretas com Júpiter Capitolino, falando-lhe algumas vezes ao ouvido (…). Em outras, falava ao deus com arrogância e em voz alta. Certa vez, ouviram-no dizer a Júpiter em tom de ameaça: “Prove o seu poder ou tema o meu!”
(…)
Como não ver, assim, o ímpeto de Calígula no homem que resolve meter os pés na porta do governo e roubar da presidente a coordenação política? Cortou a cabeça dela; pôs a dele no lugar. Ele é assim.
60 dias calado
Pois é… O ególatra, logólatra e lulólatra, desta feita, está mudo — mas não parado. Há 60 dias, observa Jean-Philip Struck na  VEJA.com 
não diz uma palavra sobre o Rosegate, por exemplo, aquele rumoroso caso que pôs Rosemary Nóvoa Noronha, a sua “amiga íntima”, no centro de um azeitado esquema de corrupção instalado na… Presidência da República. Não fala a respeito, mas tem ouvido muito, especialmente no ambiente doméstico, o que é compreensível.
O homem que já fez digressões sobre as vantagens de a Terra ser um quadrilátero se dedica agora a criar um novo regime político no Brasil: o “Lulismo Mitigado”. Ele até topa dividir o poder com Dilma: ela fica com a parte chata — ver se o governo desempaca —, e ele, com a coordenação política. Lula não gosta mais da criatura que gerou e decidiu, como Saturno, engoli-la. Como no mito, teme que que surja alguém mais forte que ele. Haverá alguém de peito para fazê-lo engolir uma pedra? Não sei.
Uma coisa é evidente e certa: Lula decidiu tomar à força o governo de Dilma Rousseff. Deixa claro, assim, que nem mesmo a legitimidade popular que ela tem — eleita que foi — e que pode ser referendada pelo povo, se reeleita, supera a autoridade natural daquele que, a exemplo de Calígula, se sente com força para interferir nas esferas celestes.
Lula deixa claro, assim, o apreço que tem pelo mandato popular. Convenham: isso não é estranho à sua trajetória. Passou 16 anos — oito como oposição e oito como governo — tentando destruir a reputação de FHC, que tinha sido, afinal, eleito pelo povo.
Saturno, como Carcará, pega, mata e come.
Por Reinaldo Azevedo

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Eu tenho muita pena duzamericânuo. Nóis ainda ensina pra eles como se pega us peixe

Coitados dos EUA!
Coitado de Barack Obama!
Coitados daqueles que a esquerda xexelenta brasileira chama “estadunidenses”!
Um dia eles terão samba no pé!
Um dia eles terão ziriguidum, balacobaco, telecoteco!
Um dia eles terão PMDB!
Um dia eles terão algo parecido com Medida Provisória — de caráter permanente — em sua legislação!
Um dia eles terão Lula (estão quase lá…)!
Um dia eles terão um sujeito que não foi eleito por ninguém cuidando da articulação do governo no Congresso.
Um dia eles terão o terceiro povo “mais feliz” do mundo: os butaneses continuarão em primeiro lugar; os bananeses nos manteremos em segundo, e aí virão os estadunidenses…
Se Obama conseguir concluir a sua obra, os EUA ainda cumprirão o seu ideal, e teremos um continente americano quase todo unido pela estupidez. Talvez o Canadá se salve por causa da Polícia Montada… “Como assim, Reinaldo?” Sei lá… Um povo que tem Polícia Montada me parece determinado a manter suas singularidades… Por que isso tudo?
O PSDB e o DEM recorreram ao Supremo contra a Medida Provisória que libera recursos do Orçamento de 2013: nada menos de R$ 42 bilhões. Por quê? Em razão da barafunda criada pela tentativa de derrubar os vetos da presidente Dilma à lei dos royalties do petróleo, o Congresso encerrou 2012 sem votar a peça orçamentária. Seria a versão cabocla (o conteúdo é bastante diferente) do abismo fiscal dos EUA. E é nesse ponto que eu tenho pena duzamericânu e da sua falta de ginga. Uzamericânu é tudo troxa; nóis sabe como se pega us peixe.
Por lá, se o Congresso não autoriza a elevação do limite do endividamento e a liberação de recursos, fim de papo: acaba o dinheiro. Daí aquela correria e a negociação frenética. Os bobalhões ainda estão nessa de que Poderes têm prerrogativas que não podem ser usurpadas. São mesmo um império em decadência. Vejam a beleza da China, hoje tão admirada por esquerdistas e por ditos liberais pragmáticos: o Congresso se reúne duas vezes por ano para homologar as decisões do Comitê Central do Partido — na verdade, aquele é apenas uma divisão deste. Ao longo do ano, o Poder Legislativo é apenas cartorial.
Uzamericânu é tão idiota que não dispõem nem do estatuto da Medida Provisória, que é aquele mecanismo que permite ao Executivo, no Brasil, governar sozinho. Como é que um povo assim pode aspirar à grandeza? São práticas como a independência entre os Poderes que permitem a emergência de gente como os republicanos. Só porque esses caras foram eleitos pelo povo, acham que podem debater a agenda do país com Barack Obama.
O Brasil não tem essas frescuras, razão por que uzamericânu são quem são — um povo infeliz, sem ziriguidum, balacobaco e telecoteco — e nós somos quem somos. Além da manemolência e do samba no pé, só não somos mais felizes do que os butaneses… A gente também não costuma dar tiro em escola, essas coisas detestáveis. Por aqui, mata-se quase seis vezes mais, mas é tudo a céu aberto mesmo…
A imprensa vai demonizar a oposição também?
Devo contar as horas para que setores da imprensa brasileira comecem a demonizar também as oposições brasileiras, que decidiram recorrer ao Supremo? Espero que Jabor não vá à TV dizer que o PSDB e o DEM só estão cobrando o respeito à Constituição porque Dilma é mulher — assim como, segundo ele, os republicanos só combatem Obama porque ele é “negão”… Afinal, caso consigam uma liminar — o que eu duvido —, o repasse de dinheiro teria de ser suspenso.
Ou não! Em Banânia, com a sua compulsão para a felicidade e para o jeitinho, a Justiça determina uma coisa, e o governo faz o contrário. Vejam o caso do Fundo de Participação dos Estados. O Supremo decidiu que, na sua forma atual, ele é inconstitucional e deu prazo ao Congresso de TRINTA E CINCO MESES para votar uma nova lei. Ninguém votou zorra nenhuma! Mesmo assim, o Executivo manteve os repasses.
Como diz uma música breganeja, “nóis é jeca, mais nóis é jóia”. Em Banânia, um chefe partidário, um líder de facção, anuncia que vai passar a comandar a articulação do governo no Congresso, e boa parte da imprensa noticia isso como quem dissesse: “Hoje é terça-feira, 22 de janeiro…”
Assim, eu tenho de ter muita pena dessezamericânu bunda-mole, que não percebem que o grande defeito da democracia está, como vou dizer?, em ser democrática. Obama, é bem verdade, está fazendo um esforço danado — e com apoio de setores importantes da imprensa americana — para apressar a marcha dos EUA rumo à descoberta da felicidade terceiro-mundista, esse mundo, como notou Pero de Magalhães Gândavo, sem fé, sem lei nem rei… Quer dizer, fé e lei andam em baixa… Mas estamos bem perto na monarquia, só que do tipo absolutista (que é como vale a penas ser monarca, é claro!).
Uzamericâno ainda vão descobrir quer o preço da governabilidade é o desrespeito contínuo e contumaz à lei. Sem isso, não se fabrica esse atraso orgulhoso de si, convicto e, como é sabido, feliz. Uma dia a gente ainda toma o lugar do Butão. É uma questão de tempo.
Por Reinaldo Azevedo

A imprensa avestruz e Lula superando Chávez…

É evidente que o avestruz não enfia a cara no chão para não ver a realidade quando em perigo. Fosse assim, não haveria mais avestruzes no mundo, não é mesmo? A ave faz o que todos fazem quando percebem que a coisa tá feia: tenta dar no pé. Mas ficou a metáfora.
Parte da imprensa acha que, caso se comporte como avestruz no caso do golpe que Lula está tentando dar no governo Dilma, a realidade muda. Dadas as falas absurdas de assessores do Apedeuta naquele seminário, destacam-se as afirmações de que Lula não será candidato em 2014, que o nome do partido é mesmo Dilma… Ora, não brinquem! Isso não tem a menor importância!
O relevante, e muito!, é que foram dois bate-paus do lulismo que anunciaram que será ele a coordenar a base de apoio da presidente — para, dizem, colaborar com a sua reeleição. Uma ova!
Como Dilma decidiu disputar o segundo mandato — e o Babalorixá tinha a esperança de que ela declinasse do desafio —, o homem, reitero, meteu o pé na porta e resolveu dividir com ela o governo. E sem pedir licença. Anunciou a tomada justamente da coordenação política. Caso isso se efetive, Dilma já era, ainda que venha a ser reeleita. Corrupto nunca mais será demitido. O “coordenador político” dará um jeito de acomodar os larápios que forem pegos com a boca na botija. Lula quis deixar claro quem manda. Não quer mais essa história de “Dilma isso, Dilma aquilo…” Mais de uma vez, ele insinuou que a imprensa é simpática a Dilma só para provocá-lo… 
Algo dessa magnitude precisa de comunicação oficial, feita pelo governo. Até porque existe uma ministra das Relações  Institucionais — é Ideli Salvatti; existe uma chefe da Casa Civil — é Gleisi Hoffmann. Não houve nada disso. Desde quando, senhores, é corriqueiro que se anuncie uma decisão desse porte num seminário, ao arrepio do Palácio do Planalto?
A imprensa avestruz acha que, se esconder isso dos leitores, diminui a influência de Lula ou o agravo feito ao governo Dilma. O caso é bem mais sério do que parece. Chávez se manteve no poder contra a letra da lei, mas, vá lá, houve ao menos uma eleição por lá… Lula tomou um naco do poder de Dilma sem ter sido eleito por ninguém.
Por Reinaldo Azevedo

Lula mete o pé na porta de Dilma e anuncia golpe; chefão do PT exige o controle da base aliada e quer presidente como mera gerentona de novo. Ela vai aceitar o papel subalterno?

Um prepotente desocupado num ambiente doméstico ruim é a morada do capeta. O sujeito começa a cultivar ideias estranhas. É o caso de Luiz Inácio Lula da Silva, que deve andar tomando umas sovas de pau de macarrão de Marisa Letícia desde que explodiu o “Rosegate”. Consta que a ex-primeira-dama, e parece bastante razoável, não gostou de tudo o que a imprensa andou publicando a respeito das relações do marido com a ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo, Rosemary Nóvoa Noronha. E parece que gostou menos ainda do que a imprensa não andou publicando… O caso, com todos os seus aspectos, vamos dizer, fesceninos, é um emblema da arrogância de Lula e da sem-cerimônia com que ele mete os pés pelas mãos, não reconhecendo fronteiras entre o público e o privado, o decoroso e o indecoroso, o devido e o indevido para um, então, presidente da República. E ele não se emenda. E ele não aprende. Ontem, o Babalorixá de Banânia liderou um seminário sobre integração latino-americana, a que compareceram expoentes do governo Dilma, como o ministro megalonanico Celso Amorim (Defesa) e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Já seria despropósito bastante não fosse Lula quem é. A turma foi além e anunciou, sem nenhuma cerimônia, que Dilma, eleita pelo povo, foi expropriada de algumas de suas funções. Lula, o desocupado, decidiu inaugurar um novo regime de governo no país, que a gente poderia chamar de “Lulismo mitigado”.
Em que consistiria esse regime, ao menos segundo o que foi anunciado nesta segunda, como se fosse coisa corriqueira? Lula seria o coordenador político da base aliada e quem se encarregaria de todas as negociações com o Congresso. Na prática, passaria a ser o verdadeiro presidente da República, uma vez que as prioridades de um governo se definem é nesse ambiente. Dilma voltaria a ser, assim, apenas a gerentona, aquela que se encarrega das tarefas executivas. O noticiário político, mais uma vez, voltaria a girar em torno do “homem”, do “mito”…
O “anúncio” foi feito sem nenhuma cerimônia por Paulo Vannuchi, ex-ministro dos Direitos Humanos e um dos chefões do Instituto Lula: “Lula vai jogar toda sua energia para a manutenção e a consolidação da aliança. Fazer uma agenda de conversas, ver quais são as questões, onde estão as disputas, como fazer para compor as forças”. Ora, algo com essa importância requereria uma comunicação formal da própria Presidência da República; teria de ser feito necessariamente no ambiente do próprio governo, não num seminário liderado por um chefe de facção, ainda que estivessem presentes expoentes do primeiro escalão.
Entendam bem o que está em curso, ainda que a própria Dilma venha a público, a reboque dos fatos, para negá-lo: Lula está usando a força do seu partido e as interlocuções que mantém na base aliada para usurpar uma parcela de poder de Dilma. Luiz Dulci, outro ex-ministro e diretor do instituto emendou: “Ele [Lula] tem um papel político a cumprir na constituição da nossa base política e social para 2014″. Eis o homem que anunciou que seria um ex-presidente como nunca se viu na história destepaiz
Lula não se conforma com a condição de ex-presidente da República. Só sabe ser chefe. Estava certo de que Dilma declinaria da disputa pela reeleição em seu favor. Achava e acha que ela lhe deve isso; que o protagonismo exercido até aqui já está de bom tamanho. Mais dois anos, e seria a hora da volta triunfal do Senhor das Esferas… Mas ela tomou gosto pela cadeira, conta com a aprovação da maioria dos brasileiros (e pouco importa se isso é justificado ou não) e é franca favorita na disputa de 2014. Tudo como Lula NÃO queria.
“Pô, Reinaldo, esse não pode ser um movimento combinado com Dilma?” Se esse absurdo prosperar, restará a ela dizer que sim, mas a resposta certa é uma só: “É claro que não houve combinação nenhuma”, ou o anúncio teria se dado de outra forma. O que os lulistas fizeram ontem foi meter o pé da porta de Dilma e dar um chega pra lá. Já que ela não abre mão da reeleição, terá de devolver a Lula o controle político do país.
É um momento delicado pra Dilma. É certo que ela governou nestes dois anos atendendo a muitos dos pleitos petistas. Mantém no governo alguns espiões de Lula e está ciente disso. Embora não seja uma figura importante ou querida no partido, comunga das ideias gerais do petismo e coisa e tal. É, sim, fiel a Lula, mas não foi mero títere do antecessor. Governou também com ideias próprias, não necessariamente boas — mas esses são outros quinhentos.
Lula se cansou dessa realidade e quer de volta o que acha que é seu por merecimento e direito divino: o comando político do país. A reivindicação atende a demandas rasas e profundas do seu caráter. Não concebe o país com outro governante que não ele próprio, enquanto vivo for. Considera-se, de fato, um iluminado e um evento único na história da humanidade. Essa é a dimensão profunda. Nas questões mais à flor da pele, está o seu inconformismo com o Rosegate, que já o fez dormir no sofá algumas vezes — e não no de sua casa… Ele acha que Dilma fez muito pouco para preservá-lo do que considera a maior fonte de desgaste pessoal desde que faz política. O que esperava? Não sei! Não custa lembrar que ele se opôs pessoalmente à demissão de todos os ministros flagrados com a boca na botija.
Dilma enfrenta a partir de agora o momento mais difícil de seu governo. Conforme o previsto, quem a está deixando em maus lençóis não é a oposição, mas Lula, talhado, desde sempre, para ser o maior desafio da presidente.
Dilma pode mobilizar a sua turma nessa terça e fazer esse troço recuar, jogando tudo na conta de um mal-entendido. A imprensa, como de hábito, pode ser acusada de distorcer as falas dos petistas e coisa e tal. Mas Dilma também pode se intimidar e deixar a coisa fluir por medo do PT. Nesse caso, seu governo começou a acabar ontem. Ainda que seja reeleita em 2014, ficará mais quatro anos sendo apenas tolerada na gerência.

Vejam o que a democracia da conciliação, do Brasil, tem a ensinar ao mundo: Conab emprega filho de Renan e ex-mulher de Henrique Alves

Por Evandro Éboli, no Globo:
Conhecido feudo do PMDB, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) abriga em seus quadros gente muito próxima dos favoritos para comandar o Congresso Nacional a partir de fevereiro. Rodrigo Rodrigues Calheiros, um dos filhos do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), candidato a presidir o Senado, recebe R$ 10,5 mil mensais como assessor de Contratos Especiais da presidência do órgão. Mônica Infante Azambuja, ex-mulher do deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que pleiteia a presidência da Câmara, tem salário de R$ 10,1 mil como assessora de diretoria.
Rodrigo, de 28 anos, está na companhia desde abril de 2011, mas não é assíduo no trabalho, segundo servidores. Ontem à tarde, a secretária da Diretoria de Gestão de Pessoas, onde Rodrigo deveria despachar, informou que o servidor não estava: “Não sei se ele está de férias. Não está vindo nesses dias”.
Mas no site oficial da Conab, no relatório onde aparece a situação funcional dos servidores, Rodrigo aparece como “trabalhando”.
Mônica é designer gráfica e chegou à Conab em julho de 2011. Ambos ingressaram no órgão quando o ministro da Agricultura, pasta a qual a Conab é subordinada, era Wagner Rossi, um político do PMDB, com vínculos com o vice-presidente da República, Michel Temer. Denúncias de irregularidades afastaram Rossi da pasta.
Em 2002, quando Alves surgiu como vice de José Serra (PSDB) na coligação que disputaria a Presidência, Mônica acusou o ex-marido de ter dinheiro depositado em paraísos fiscais. O caso derrubou Alves da dobradinha com Serra. Foi substituído por Rita Camata (PMDB-ES). Mônica passou pela Infraero e entrou numa lista de demissionários da empresa. Alves brigou para mantê-la no cargo.
Rodrigo é lotado na presidência da Conab, mas sua mesa está instalada na diretoria de Gestão de Pessoas, cujo diretor é Rogério Abdalla, homem do PMDB, que está na companhia pelas mãos de Wagner Rossi. Abdalla é ligado à cúpula do PMDB. Foi ele quem se encarregou de levar Mônica e Rodrigo à Conab. Mônica trabalha na diretoria de Operações e Abastecimento, cujo diretor é Marcelo de Araújo Melo, candidato derrotado em Goiás como vice de Iris Rezende. Mônica chegou a ser assessora da presidência, na gestão de Evangevaldo dos Santos, ligado ao PTB, mas que obedecia aos pedidos do PMDB.
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Por Reinaldo Azevedo

A perversão da religião – A estupidez de dois padres

Leio no Globo que o padre Julio Lancelotti — e um outro que pretende, pelo visto, disputar com ele o bastão — protestou contra o programa do governo de São Paulo que permite a internação compulsória de viciados em crack, com a autorização da família ou a determinação de um juiz. O Ministério Público, a Justiça de São Paulo e a OAB acompanham a ação.
Leiam o que informa Gustavo Uribe. Volto mais tarde para perguntar em que altar se ajoelha esse tal Lancelloti. E não adianta ele me demonizar por aí porque não dou a mínima. Não acredito em praga de padre.

O programa de internações involuntárias de dependentes químicos em São Paulo começou com protestos, nesta segunda-feira. Com cartazes que traziam inscrições como “somos contra políticas higienistas” e “usuário não se prende”, um grupo de 40 pessoas, ligados a movimentos sociais e entidades religiosas, fizeram uma manifestação em frente ao Centro de Referência em Álcool, Tabaco e outras Drogas (Cratod), no centro da capital.
Os manifestantes cobram do governo de São Paulo uma política humanitária no combate às drogas e avaliam que a internação compulsória não é eficaz no tratamento de dependentes químicos.
O padre Júlio Lancelotti, da Pastoral do Povo de Rua, considera que a iniciativa do governo estadual é “drástica” e não eficaz. Segundo ele, o governo de São paulo deveria colocar assistentes sociais e psiquiatras nas periferias de São Paulo, e não concentrar o atendimento em um único centro de referência.
“Há uma carência de atendimento social na cidade. Essa é uma medida drástica e bombástica, que quer facilitar algo que é ineficaz”, criticou o padre.
O padre Raniel, da Fraternidade do Caminho, considera que a medida é opressora e atenta contra a dignidade do dependente químico e o seu livre arbítrio. Para ele, é necessário dar o poder de escolha ao dependente químico.
“A igreja quer respeitar a dignidade do ser humano. Que ele tenha o poder de escolha, que ele possa se recuperar da dependência química”, afirmou o padre Raniel.
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Por Reinaldo Azevedo

Petistas deliram e já discutem a sucessão de 2018… Com Lula!

Pois é… Lula ocupa de tal modo a cena política, e com tanta sofreguidão, que os petistas se veem obrigados a fazer certos avisos. Leiam o que informa Marina Timóteo, no Globo. Volto depois.
O diretor-presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, negou nesta segunda-feira boatos de uma suposta volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao cenário eleitoral, já que o petista percorrerá, em breve, o Brasil em caravanas. Mais tarde, o ex-ministro dos Direitos Humanos, Paulo Vanucchi, acrescentou que Lula não será candidato a governador de São Paulo e nem a presidente em 2014, mas não descartou uma eventual candidatura de Lula em 2018. “Se houver acirramento das contradições ou uma crise nacional”, disse Vanucchi, amigo pessoal de Lula e um dos diretores do Instituto Lula.
Lula participa da reunião com intelectuais e autoridades latino-americanas em um hotel na Zona Sul de São Paulo. Sobre a oposição, Vannuchi disse ainda que Aécio Neves (PSDB) não é candidato presidencial para valer em 2014. “Vocês jornalistas sabem, ele é candidato para 2018. Agora toda a construção é para ele virar figura de proa, disputar para perder evidentemente e contar como uma evolução, já que a Dilma não será mais candidata por razões constitucionais”.
Segundo Vanucchi, Lula disse estar “aprendendo a ser ex-presidente”, e, que por enquanto, descarta concorrer a qualquer cargo público. E que proibiu qualquer pessoa da equipe de cogitar seu nome para disputar as eleições para governador em 2014. “Ele me disse que não quer, que não faz parte do plano dele. O Lula quer ser isso que ele é agora, se reunindo com lideranças latinas, com povo, empresários, sindicalistas, bancadas, sociedade civil. Ele quer criar novas lideranças. Ser uma liderança política livre”.
O ex-ministro justificou desta maneira o fato de Lula estar trabalhando para não ser mais candidato, nem ao governo de São Paulo e nem a presidente. “Mas não digo que não será em hipótese alguma em 2018, porque se houver acirramento das contradições, uma crise nacional e depois (Lula) despontar como um polo de consenso para reaglutinar o país ou um conjunto grande de força política, aí ele se dispõe, como se dispôs em 1998, mesmo absolutamente convencido que não deveria”, disse, em referência à reeleição praticamente certa de Fernando Henrique Cardoso.
(…)
Voltei
Bem… Até os petistas admitem que o comportamento de Lula dá margem a especulações sobre quem será o candidato do PT à Presidência em 2014. Mais do que isso: pelas palavras de Vanucchi, Lula ainda não sabe ser “ex-presidente”… Que cabeça dura! O Apedeuta, com efeito, parece ter uma dificuldade imensa para aprender coisas novas. Só sabe ser chefe…
O mais espantoso nessa história é estarem debatendo já a sucessão de… 2018! Apelando ao vocabulário leninista, Vanucchi diz que Lula disputará, sim, a sucessão de Dilma daqui a seis (!!!) anos se houver um “acirramento das contradições”…. Huuummm… Entre quem e quem? Que forças estariam do outro lado do petismo?
Não serão os banqueiros, que nunca viram motivo para isso. Não serão os potentados da indústria financiados pelo BNDES, que nunca viram motivo para isso. Não serão os reacionários das elites tradicionais à moda Sarney e companhia, que nunca viram motivo para isso. Só me resta concluir que Vanucchi imagina o popularíssimo Lula disputando a eleição em 2018 ou contra… o povo.
Estupefaciente!
PS – O PT vendeu, e boa parte da imprensa comprou, a pauta da “renovação”, lembram-se? Ignorava-se que o partido “da renovação” era aquele que teve um mesmo candidato à Presidência em cinco disputas seguidas… Não tem jeito: quando o jornalismo quer escrever besteira, é imbatível. Vejam aí… Como Lula tem dificuldade de ser “ex”, já se fala nele para 2018. Dilma, a malvada e ingrata, não quis abrir mão da prerrogativa.
Por Reinaldo Azevedo

As drogas e os ditos “progressistas”

A internação involuntária de viciados em crack expõe o fundo falso da tese daqueles que defendem a legalização — ou descriminação; nesse caso, tanto faz — das drogas. A questão é simples e objetiva: se se considera que o que chamam “liberdade de escolha” é o melhor caminho no caso da maconha, por exemplo, por que seria diferente com o crack? Os que vão às ruas marchar em defesa da erva poderiam tentar responder à questão. Mas não vão porque ficam com preguiça, acho…
Os defensores da maconha sempre foram muito hábeis no esforço de converter o seu vício ou o seu gosto num, sei lá como chamar, “direito fundamental” ou “exercício da liberdade individual”.
Ora, ninguém lhes tira o direito de consumir substâncias que podem lhes trazer danos. Continuam livres para isso — e há centenas de substâncias legais potencialmente danosas. No caso das drogas ilícitas, a sociedade escolheu um caminho que considera, atenção para isto!, mais seguro para ela, não para os consumidores individuais disso ou daquilo. “Mas a repressão também gera dificuldades…” Eu sei. Não há escolha que se possa fazer sem efeitos colaterais indesejados — nesse assunto ou em qualquer outro. O mundo sem óbices e dificuldades, leitor, é aquele dos seus devaneios; é um exercício solitário e incompartilhável.
O crack, porque se transformou na droga dos miseráveis, foi, na prática, legalizado. Seu consumo, na maioria das cidades brasileiras, se dá a céu aberto e sem repressão. Chegamos ao que se vê por aí. E assim é mesmo havendo uma forte interdição que é mais de caráter social e moral do que propriamente policial. Dá para imaginar como seria uma sociedade em que o consumo fosse livre. Aí um poeta ou outro do absurdo imagina: “É preciso descriminar o consumo, mas reprimir o tráfico…”. Entendo: querem liberar a demanda, mas restringir a oferta. No máximo, vão provocar inflação no setor…
Os ditos progressistas submeteram essa questão a uma inversão moral, coisa em que são especialistas. O drogado se tornou um “agente de direitos” como drogado. Ora, é claro que o assistem as garantias de que gozam os demais homens, mas não como membro de uma categoria apartada da sociedade. Um programa como a internação involuntária ou compulsória já implica um custo adicional para os demais indivíduos. Será sustentado com recursos púbicos, oriundos dos impostos dos que trabalham e produzem. A sociedade lhe dá, pois, suplementarmente a chance de se tratar, mas não está obrigada a ceder a reivindicações que potencialmente a destroem. “Mas destroem mesmo?” A resposta está nas áreas das cidades brasileiras que foram privatizadas pelo crack.
Código Penal
A questão das drogas, desafortunadamente, se transformou num dos modos, deixem-me ver como escrever, da “luta contra o estado burguês” e “contra o império americano” (que estaria na origem da atual política de combate ao tráfico), embora seja uma causa levada adiante, no mais das vezes, por beneficiários do “estado burguês”… Ou alguém já viu um movimento de mães da periferia de São Paulo ou das favelas do Rio (em carioquês, diz-se “comunidade”…) em defesa da descriminação das drogas? Ora… Passeatas com esse conteúdo se fazem na Avenida Paulista e em Copacabana, não no Capão Redondo ou em Duque de Caxias…
Há, assim, uma mistura de exacerbação do discurso da liberdade individual com um eco, santo Deus!, da luta de classes e do combate ao imperialismo. Trata-se de uma salada aloprada de conceitos. Já sou velho. Tenho 51 anos. Sou do tempo em que as esquerdas combatiam as drogas porque entorpeciam a consciência… Ainda que parecesse improvável ou impossível, as esquerdas pioraram muito…
Na era, no entanto, em que cada minoria acredita que pode impor aos outros as suas necessidades, reivindicando direitos especiais e reparações, também as drogas viraram objeto de militância. E esses militantes conseguiram vender a sua tese vagabunda. Aquela comissão de juristas que elaborou a estúpida proposta de reforma do Código Penal que está no Senado não fez por menos: além de propor a descriminação do consumo DE QUALQUER SUBSTÂNCIA, resolveu estabelecer um limite a partir do qual estaria caracterizado o tráfico. Quem portasse o suficiente para cinco dias de uso próprio não seria importunado pela polícia. Ora, para tanto, seria preciso definir a unidade, certo?, quanto se considera normal consumir em um dia… Quanto? Ah, não sei! Aí, creio, seria preciso criar uma nova estatal: uma Drogobras ou uma Anardroga (Agência Nacional de Regulação das Drogas). Depois de se indicarem uns “companheiros” para cargos de confiança, chegar-se-ia a esse quantum…
Bem, tudo muito compreensível. É a mesma turma (seus absurdos estão aqui) que decidiu que abandonar um cachorro é pior do que abandonar uma criança…
Por Reinaldo Azevedo

Crack e internação involuntária: SP avança contra a imprensa do miolo mole, o PT e setores ideologizados do Ministério Público e da Defensoria

Teve início nesta segunda, em São Paulo, o processo de internação involuntária ou compulsória dos viciados em crack. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) deu consequência a uma lei que já existe. E fez a coisa a certa: chamou a Justiça, o Ministério Público e a OAB para participar do processo. É claro que a questão é delicada. Leiam o que informa a VEJA.com. Volto em seguida.
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Começa nesta segunda-feira em São Paulo a internação compulsória de usuários de drogas. Um plantão judiciário será instalado na região apelidada de Cracolândia, no centro da capital paulista. A junta jurídica será responsável por analisar casos de internação involuntária (com consentimento da família) ou compulsória (sem necessidade de autorização de parentes) de dependentes químicos que forem levados ao Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod), na Rua Prates, no centro. O atendimento será das 9h às 13h.
Segundo o governador Geraldo Alckmin (PSDB), o objetivo da medida é proporcionar o tratamento dos casos mais graves de dependência química. “É um trabalho de internação involuntária para casos mais graves, que comprometem a vida e a saúde das pessoas. Já vai ter no Cratod o juiz, o promotor e o advogado. Acho que estamos avançando (no combate ao crack)”, disse Alckmin no início deste mês.
O acordo entre governo do estado, Tribunal de Justiça, Ministério Público e Ordem dos Advogados do Brasil foi firmado no dia 11 de janeiro. O programa vale apenas para dependentes químicos com estado de saúde considerado grave e sem consciência de seus atos atestada por psiquiatra. “Não é um projeto higienista nem de internação em massa”?, disse a secretária Eloísa de Souza Arruda, na assinatura dos convênios.
Voltei
Opor-se à internação involuntária ou compulsória dos viciados é uma espécie de exercício da crueldade que enverga as vestes do discurso da liberdade. Ainda que se concorde com Camus, no livro “O Mito de Sísifo”, que o suicídio é a única questão filosófica relevante — e que, pois, reconheçamos o direito que todo homem tem de se matar (ainda que não deva; é bom lembrar que o filósofo recusa essa saída) —, cumpre perguntar: os viciados em crack que estarão sujeitos a esses procedimentos podem escolher?
Atenção, meus caros! Essas pessoas perderam até mesmo a condição de escolher a morte. Não estão se matando precocemente porque querem; morrem de um modo patético, consumindo-se em praça pública, porque nada lhes restou de seu: foram-se os pertences e também a dignidade, a escolha, a liberdade, o senso de individualidade e de justiça. Todos aqueles valores subjetivos que fazem de um homem um homem se perderam na fumaça do crack.
Fazer o quê? São, antes de mais nada, um risco para si mesmas, mas também representam um risco para terceiros, à medida que compõem comunidades que, de fato, são hordas de zumbis com um único propósito: conseguir ainda mais droga.
Ideologia e canalhice moral
Chega-se ao processo de internação involuntária — no Rio, aplica-se só para crianças — depois de Prefeitura e governo de São Paulo terem tido a coragem de intervir na Cracolância. Teve início, então, um debate nacional. Embora, por óbvio, a esmagadora maioria dos paulistas e paulistanos tenha sido favorável à medida, ela foi posta em prática contra a militância de setores da imprensa, da Defensoria Pública e do Ministério Público. E, era fatal!, os petistas também fizeram um grande escarcéu. Compareceu ao debate, entre outros, aquele que não poderia faltar: padre Júlio Lancelotti, com o que chamo a “Teologia da Miséria Moral” convertida em redenção dos oprimidos.
Há dias, ao assumir a pasta dos Direitos Humanos na Prefeitura, Rogério Sotilli ainda aproveitou para fazer proselitismo contra a internação, no que foi seguido pelo Coxinha, o prefeito Fernando Haddad. Há, sim, um fundo ideológico nisso, mas é certo que os petistas são contra a ação porque, afinal, é “coisa dos tucanos”. Não custa lembrar que o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, já defendeu o procedimento.
Há mais: a internação mexe também com um dos lobbies mais fortes e organizados no Brasil: o daquela minoria que defende a legalização das drogas. Mas trato disso no próximo post.
Que a internação involuntária ou compulsória realmente funcione em São Paulo. Para salvar vidas e para melhorar as cidades. Não custa lembrar que o programa de combate ao crack é mais um dos tiros n’água do governo Dilma. A promessa solene feita pela então candidata mal saiu, ou vai sair, do papel. Haverá uma meia dúzia de convênios só para provar aos empiristas empedernidos que o programa existe.
Por Reinaldo Azevedo

De joelhos para o Apedeuta

Depois de Luiz Inácio Lula da Silva submeter Fernando Haddad, o prefeito Coxinha de São Paulo, a uma humilhação, dando-lhe uma aula, e a seus secretários, de governança, chegou a vez de o Apedeuta dizer a Dilma Rousseff como se dança o baião. E ele faz isso hoje, num seminário promovido pelo instituto que leva o seu nome. O Apedeuta comanda um encontro sobre política externa que reúne, entre outros, o ministro da Defesa, Celso Amorim; o assessor especial da Presidência Marco Aurélio Garcia e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Os intelectuais petistas, este delicioso oximoro, estarão no gargarejo. Há ainda alguns convidados estrangeiros. A grande estrela do evento, e nem poderia ser diferente, é o próprio Lula.
É evidente que se trata de mais um despropósito deste senhor. Não por acaso, um dos destaques do encontro deve ser Amorim, que agora está na Defesa, depois de liderar o Itamaraty nos oito anos de governo do Babalorixá de Banânia. Tornou-se um lulista fanático. O antes diplomata de carreira fez-se político e acabou se filiando ao PT. Nas conversas que mantém, também ele gosta de exaltar sua origem humilde. Não para emular com o chefe, que isso não pode!, mas para ser digno…
Amorim é o principal responsável por uma das políticas externas mais asquerosas de nossa história. Sob sua gestão, o estado brasileiro evitou condenar na ONU alguns notórios carniceiros, mas votou sistematicamente contra Israel, por exemplo, que é uma democracia — sob ataque cotidiano, destaque-se.  Foi sob o seu comando que o governo brasileiro tentou aquele estupefaciente acordo com o Irã, lembram-se? A coisa foi tão patética que até os iranianos tiveram de vir a público para anunciar que não existia entendimento nos termos alardeados pelo Itamaraty. Não! O Ministério das Relações Exteriores não mudou muito com a saída de Amorim. Em muitos aspectos, até piorou. É que se instituiu por lá uma cultura…
Pois bem: agora titular da Defesa, Amorim vai para o seminário para receber algumas instruções do Iluminado. Lula até poderia fazê-lo privadamente, mas isso não deixaria claro, como ele pretende, quem, afinal de contas, está no comando da máquina partidária, que vai tocar a campanha de Dilma à reeleição. Amorim pode não saber a diferença entre um tanque de guerra e um punho de renda, mas é o ministro da Defesa. Formalmente, é o chefe dos comandantes militares. Isso significa render nada menos do que as Forças Armadas a um líder de facção.
Alguém pode imaginar o Secretário de Defesa dos EUA, por exemplo, a participar de um seminário, como aprendiz, de um chefete partidário? Não nos damos conta do absurdo da situação — desta ou do evento ocorrido em São Paulo — porque ele já começa a fazer parte da rotina, já começa a ser um nosso conviva.
Não menos intrigante é a presença de Luciano Coutinho, presidente do BNDES, num encontro dessa natureza. Por quê? Coutinho é o hoje o todo-poderoso de uma instituição que tem sido o esteio do, como chamarei?, “modo de produção petista”. Se a Petrobras já foi a grande caixa-preta do país — não quer dizer que tenha se tornado mais transparente —, o BNDES lhe tomou o lugar. O banco tem sido usado não como fonte de fomento do desenvolvimento, mas como instrumento de gestão. E com o resultado — péssimo! — conhecido. Não é preciso ser muito bidu para constatar que o banco é ambém um instrumento de cooptação daquilo que Lula chamava antigamente “a Dona Zelite”.
Conspiração?
Estaria eu aqui a sugerir alguma conspiração entre Lula, Amorim, Coutinho e outros que vão lá babar na gravata? Besteira! A questão é de outra natureza. Trata-se de saber quem governa o país: as instituições ou um ente de razão que se situa acima das leis e à margem do estado. Se o BNDES e, na prática, as Forças Armadas vão lá prestar vassalagem a Lula, quem não vai?
A busílis, obviamente, é político e cobra, como tantos outros, uma resposta da oposição — daqueles que falam em seu nome. Mas também isso será deixado de lado, como todo o resto. “Que mal há em participar de uma seminário, afinal de contas?”, vão se indagar alguns. A oposição, como vocês sabem, se prepara para atuar na hora certa, que é… quando mesmo???
Por Reinaldo Azevedo

O palanqueiro que não desencarna do Planalto resolveu virar co-presidente


Quando Lula agarra um microfone, os plurais saem em desabalada carreira, a gramática se refugia na embaixada portuguesa, a regência verbal se esconde no sótão de um casarão abandonado, o raciocínio lógico providencia um copo de estricnina (sem gelo) e os dicionários se apavoram com a iminência de outra selvagem sessão de tortura. Já no primeiro parágrafo, os brasileiros que não tratam o idioma a socos e pontapés ficam pálidos de espanto ou vermelhos de vergonha. Menos os devotos da seita lulopetista.
“Quando Lula fala, o mundo se ilumina”, jura há quase 10 anos Marilena Chauí, professora da USP que também jura ser filósofa. A descoberta resumida numa frase explica o lugar reservado à companheira no “Encontro com  Intelectuais sul-americanos”, promovido nesta segunda-feira pelo Instituto Lula: a foto mostra Marilena no palco, sentada à direita do Mestre. Com o rosto apoiado numa das mãos, ela espera o momento em que a luminosidade provocada pelo orador obrigará a plateia a proteger os olhos com óculos escuros.
Os presentes, como informa a inscrição no painel, são Intelectuais, com I maiúsculo. E participam não de um “encontro de”, mas de um “Encontro com”. Com Lula, naturalmente. O ex-presidente avisou no começo da discurseira que estava ali para ouvir. Só parou de falar quando a garganta implorou por descanso. Gastou alguns minutos louvando a integração dos Intelectuais da América do Sul. O tempo restante foi reservado ao que efetivamente interessa a um palanqueiro permanentemente em campanha há quase 40 anos.
Primeiro, Lula comunicou que está aprendendo a ser ex-presidente. Depois, ensinou que “é necessário tomar cuidado para fazer política sem parecer que quer continuar no cargo de mandatário”. Em seguida, avisou que continuará a fazer exatamente o contrário. “Lula vai cuidar pessoalmente das articulações com a base de Dilma para tentar garantir apoio à reeleição da presidente”, contou o companheiro Paulo Vanucchi aos jornalistas proibidos de testemunhar a aula de incoerência. Segundo o diretor do Instituto Lula, o chefe “vai gastar toda a energia para a manutenção da aliança entre PT, PMDB e PSB”. Ou seja: para assegurar a permanência de Dilma Rousseff no poder, Lula resolveu reduzir-lhe os poderes e nomear-se co-presidente.
O primeiro encontro entre a presidente eleita e o presidente que nunca desencarnou do Planalto deveria ocorrer em Brasília. Dilma sugeriu que conversassem em São Paulo nesta sexta-feira, quando visitará a cidade para participar das comemorações do aniversário. A aparente demonstração de subserviência camufla a esperteza geopolítica. Assombrado pelo caso Rose e pelo pau de macarrão de Marisa Letícia, tudo o que Lula quer é ficar longe de casa. A presidente vai mantê-lo  por aqui no feriadão que começa no dia 25.
Pena que a afilhada não se anime a bater de frente com o padrinho. Se lhe estendesse o tratamento que dispensa aos ministros, o local do encontro seria o escritório da Presidência da República em São Paulo. Assim que Lula  entrasse na sala que abrigava a chefe de gabinete, Dilma perguntaria se o visitante notou alguma mudança na paisagem. Ou se acha que está faltando alguém.

Marco Antonio Villa: Lula acha que paira acima das leis e da Constituição

Trecho do artigo publicado no Globo desta terça-feira: Se isto é motivo de júbilo, ele pode se orgulhar de ter sido o primeiro presidente que, sem nenhum pudor, misturou assuntos pessoais com os negócios de Estado em escala nunca vista no Brasil. E o mais grave é que ele está ofendido com as revelações (parte delas, registre-se: e os 120 telefonemas trocados entre ele e Rosemary?). Lula sequer veio a público para apresentar alguma justificativa. Como se nós, os cidadãos que pagamos com os impostos todas as mazelas realizadas pelo ex-presidente, fôssemos uns intrusos e ingratos, por estarmos “invadindo a sua vida pessoal.”

O bode Galeguinho foi sumariamente demitido por ser o único funcionário sério da empresa premiada com R$1,2 milhão pelo candidato a presidente da Câmara

O bode Galeguinho perdeu o emprego por excesso de dedicação. Incumbido de vigiar a casa em Natal que fingia abrigar a direção da Bonacci Engenharia e Comércio, ele não faltou ao trabalho um único dia, incluídos sábados, domingos e feriados. Coerentemente, estava por quando apareceu o repórter Leandro Colon, da Folha de S. Paulo. Em poucas horas, o Brasil ficou sabendo que o simpático bode potiguar era o único funcionário visível a olho nu da empresa pertencente a Aluizio Dutra, assessor do deputado Henrique Alves, premiada com R$1,2 milhão em verbas orçamentárias.
Exemplarmente discreto, Galeguinho não concedeu entrevistas, nem fez qualquer revelação que engordasse os prontuários dos superiores hierárquicos. Seu erro foi deixar-se fotografar. A imagem acima reproduzida transformou-o em celebridade, mas piorou a vida do funcionário sem nenhuma culpa no cartório. Sumariamente demitido, perdeu o direito de frequentar o quintal da casa e hoje pasta em outras freguesias.
Enquanto Galeguinho sofre as consequências da injustiça, os protagonistas da patifaria não têm motivos para perder o sono. Henrique Alves continua viajando de jatinho pelo país, à caça de votos que lhe garantirão dois anos na gerência do Feirão da Bandidagem. Aluizio Dutra saiu à franesa da sala que ocupava no Congresso e gasta em sossego o dinheirão que embolsou. Ao tirar o bode da casa, a dupla deu o caso por encerrado.
Não está. Dos personagens dessa história muito mal contada, só Galeguinho é inocente. Nem precisa contar tudo o que viu na casa que guardava para que sejam enquadrados os culpados à solta. Basta que a polícia e o Ministério Público cumpram seu dever.

J. R. Guzzo: Dilma Rousseff poderia trocar Guido Mantega por Gisele Bündchen

Trecho do artigo publicado na edição impressa de VEJA: A presidente poderia nomear para o Ministério da Fazenda, quem sabe, a modelo Gisele Bündchen; com certeza, a aprovação a essa escolha seria de 95%, ou mais. E por que não? Já que não é para resolver nada, é muito melhor ver Gisele no noticiário, principalmente na televisão, do que a cara do ministro Mantega

Lula agora também foge de cumprimentos pela conquista do Troféu Algemas de Ouro


Faz tempo que o ex-presidente Lula não sabe como  é a vida abaixo de 60%. Ele aparece sempre acima disso em pesquisas de popularidade, avaliações sobre seus oito anos de governo, rankings dos possíveis candidatos à sucessão de Dilma Rousseff, até em levantamentos informais sobre quem deve ser o síndico do prédio onde mora em São Bernardo. Mas tanto o chefe da seita quanto seus devotos ficaram à beira de um ataque de nervos com os 65,69% dos 14.547 votos válidos obtidos na primeira eleição ocorrida em 2013. Tal marca garantiu a Lula a conquista sem sobressaltos do Troféu Algemas de Ouro-2012, conferido ao brasileiro mais corrupto do ano.
Foi uma performance e tanto, informa a distância que o separou dos principais adversários. Em janeiro passado, a primeira edição da disputa criada pelo Movimento 31 de Julho envolveu num confronto feroz o campeão José Sarney, o vice José Dirceu e a terceira colocada Jaqueline Roriz. Agora, o ex-senador Demóstenes Torres ganhou a medalha de prata com apenas 21,82% da votação e o governador Sérgio Cabral, contemplado com o bronze, não passou de 4,55%. Outros assíduos frequentadores do noticiário político-policial amargaram índices raquíticos.
Ficaram muito longe do pódio concorrentes temíveis como o senador Jader Barbalho, os deputados federais Eduardo Azeredo e Paulo Maluf, o ministro Fernando Pimentel, a ex-chefe da Casa Civil Erenice Guerra, o ex-governador José Roberto Arruda ou o empresário Fernando Cavendish. “Além de eleger poste, o ex-presidente mostra que ainda tem fôlego para ganhar mais eleições daqui para frente”, reconheceu Marcelo Medeiros, coordenador do Movimento 31 de Julho.
Admiradores do candidato involuntário recorreram aos métodos de sempre para tentar livrá-lo das algemas de ouro. No último dia 9, por exemplo, os organizadores descobriram que, com a falsificação de perfis no Facebook, um programa de votação automática desviara milhares de votos para Sérgio Cabral e para candidatos ligados ao PSDB e ao DEM. A desmontagem do esquema fraudulento impediu que a vontade do eleitorado fosse violentada pela subversão dos resultados do pleito.
“Por sua atuação em 2012, e nem quero lembrar de Valérios e Rosemarys, ele mereceu esse troféu e o cheque simbólico de R$ 153 milhões”, disse Marcelo Medeiros ao Globo. Neste domingo, os participantes da festa de entrega do prêmio, promovida no Leblon, não economizaram aplausos ao grande ausente. Lula preferiu acompanhar no estádio de São Bernardo, refugiado num camarote, o jogo em que o Santos derrotou o time da cidade.
Nesta segunda-feira, o ex-presidente falou bastante no encontro com intelectuais latino-americano. Antes e depois do palavrório, contudo, negou-se a conversar com os jornalistas interessados em assuntos bem mais relevantes. Há dois meses fugindo de perguntas sobre o caso Rose, ele agora também foge de cumprimentos pela conquista do Algemas de Ouro.

Fernando Gabeira: ‘Na energia, Edison Lobão é a cara do fim do mundo’

Trecho: Em todo o mundo, o conselho dos dirigentes é usar energia com critério e procurar economizá-la sempre que possível. No Brasil, o ministro de Dilma aconselhou a usar energia à vontade num momento em que os reservatórios estão baixos, as empresas hidrelétricas se desidratam na Bolsa e as térmicas a todo vapor emitem milhões de toneladas de gases de efeito estufa.

Os oposicionistas dispostos a engolir o prontuário de Renan merecem ganhar a carteirinha de sócio do clube dos cafajestes que controla a Casa do Espanto

Em fevereiro de 2011, depois de uma semana de investigações, os repórteres Bruno Abbud e Branca Nunes conseguiram identificar só oito dos 11 senadores que votaram contra a permanência de José Sarney na presidência da Casa do Espanto. Três, sabe Deus por quê, jamais assumiram publicamente a opção pela decência. Se tornou incompleta a reportagem agora republicada na seção O País quer Sabertal esquisitice ─ uma entra tantas ─ permitiu que se produzisse um retrato perturbador da bancada oposicionista no Senado. É o tipo de oposição com que sonham todos os governos.
Na sessão que elegeu Sarney, os quatro partidos da oposição oficial foram representados por 18 senadores. Quatro ─ dois do PSOL e dois do PSDB ─ completaram o grupo que se negou a reverenciar Madre Superiora. Como votaram os 14 restantes? Alguns confessaram o crime, um alegou que o voto é secreto, outros se refugiaram  falatórios ininteligíveis. Para justificar o injustificável, todos evocaram a necessidade de respeitar o que chamam de “tradições da Casa”. Como não aparecem em nenhum código, manual, regulamento ou coisa parecida, não existem oficialmente. São normas não escritas que não têm força de lei. Como as vacinas, podem pegar ou não.
Uma das “tradições da Casa” recomenda que a formação da Mesa Diretora se baseie no critério da proporcionalidade, que confere à maior bancada partidária o direito de indicar o candidato à presidência. Nenhum senador é obrigado a votar no indicado. Se a escolha atropelar normas éticas e morais, se agredir o bom senso, se não atender às expectativas dos eleitores, a maioria está à vontade para mandar às favas o critério da proporcionalidade e eleger qualquer um. O dono da capitania hereditária do Maranhão livrou-se desse risco no momento em que o PSDB, o DEM e o PPS se dispuseram a engolir sem engasgos um símbolo do Brasil primitivo.
Passados dois anos, a oposição oficial ameaça reprisar o tapa na cara dos milhões de brasileiros agrupados na resistência democrática: de novo invocando o critério da proporcionalidade, o PSDB está pronto para encampar a candidatura de Renan Calheiros, orgulho do PMDB alagoano e líder da bancada do cangaço. Ao ajoelhar-se diante de Sarney, os oposicionistas que não se opõem mostraram que haviam perdido a vergonha. Caso se curve a Renan, a oposição oficial deixará claro que perdeu também o juízo, o instinto de sobrevivência e a última chance de conectar-se com a imensidão de brasileiros honestos decididos a encerrar a era lulopetista.
Sem chances de vitória, os eleitos pela oposição real terão de escolher entre a capitulação ultrajante e o combate desigual que engrandece o vencido. Os que engolirem o prontuário de Renan ganharão uma carteirinha de sócio do clube dos cafajestes que controla o Senado. Daqui a alguns anos, estarão todos amontoados num asterisco do capítulo brasileiro da história universal da infâmia.

O que pode ser pior que uma Dilma depois de Lula? Só um Lula depois de Dilma

Depois de contar a Fernando Haddad que São Paulo tem enchente e criminosos sem ficha de inscrição no PT, Lula confirmou que vai a Brasília ensinar a Dilma Rousseff o que precisa fazer para que a nação dos iludidos não descubra que o Brasil Maravilha é só uma tapeação registrada em cartório. Os dois encontros entre criador e criatura avisam que o ex-presidente decidiu assumir a tutela do prefeito sem abrir mão da guarda da presidente.
Longe de empregos regulares há 40 anos, o ex-presidente tirou alguns dias de férias para recuperar as energias consumidas na fabricação dos postes que começou a vistoriar ─ e pretende manter sob estreita vigilância. Sem ânimo para falar sobre o escândalo que protagonizou em parceria com a primeiríssima amiga Rose Noronha, sobram-lhe disposição e tempo para dar conselhos a quem sonha ser Lula quando crescer ou dar ordens aos que de vez em quando fingem não saber direito quem manda e quem obedece.
O poste instalado em São Paulo se enquadra no primeiro grupo. Enquanto decora os nomes dos secretários e se assusta com os prontuários dos indicados por Paulo Maluf, o prefeito se dobra, como constata o editorial do Estadão reproduzido na seção Feira Livre, aos desejos, vontades e caprichos do maior governante desde a chegada das caravelas. Dilma figura na turma dos tentados a andar com as próprias pernas. Logo descobrirá que não vai livrar-se de Lula.
O padrinho já notou que a afilhada aprendeu a errar sozinha. Mas vai fazer o que pode para ajudá-la a aumentar o acervo de trapalhadas. Se a resistência democrática não obstruir a trilha desmatada pelo cordão dos debochados, o País do Carnaval pode produzir mais uma prova de que, por aqui, o que está muito ruim sempre pode ficar péssimo. O que pode ser pior do que uma Dilma depois de Lula? Só um Lula depois de Dilma.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

SÃO MIGUEL DO GOSTOSO

Cidade potiguar tem moeda própria

gostosoO jornalista Emanuel Neri conta a história da moeda própria criada em São Miguel do Gostoso/RN. Ela se chama Gostoso e já é recebido em muitos estabelecimentos comerciais da cidade. Um Gostoso vale um Real. O controle é do Banco Solidário de Gostoso. “A ideia é fortalecer a economia local. Ao invés de se comprar lá fora, compra-se aqui, com o Gostoso, que só vale aqui”, afirma o vereador Jubenick Pereira (PT), um dos idealizadores, junto com outros membros do PT local, pela criação da moeda.
O Banco Solidário de Gostoso faz parte da rede de bancos da economia solidária, criada pelo governo federal na gestão Lula. Todos estes bancos são controlados pela Secretaria Nacional da Economia Solidária, que é ligada ao Ministério do Trabalho.