Os direitos humanos de que Maria do Rosário gosta: Cuba prende 70 antes de chegada do papa
Por flávia Marreiro, na Folha:
A menos de 24 horas da chegada do papa Bento 16 a Cuba, opositores do governo comunista da ilha afirmaram ontem que ao menos 70 de seus apoiadores, entre eles 25 mulheres do grupo Damas de Branco, foram detidos por agentes do Estado. A maior parte das prisões aconteceu em Santiago de Cuba, no leste, cidade onde desembarcará o papa hoje. Os números são da ilegal, mas tolerada Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional e das Damas de Branco, que protestaram ontem em Havana.
A menos de 24 horas da chegada do papa Bento 16 a Cuba, opositores do governo comunista da ilha afirmaram ontem que ao menos 70 de seus apoiadores, entre eles 25 mulheres do grupo Damas de Branco, foram detidos por agentes do Estado. A maior parte das prisões aconteceu em Santiago de Cuba, no leste, cidade onde desembarcará o papa hoje. Os números são da ilegal, mas tolerada Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional e das Damas de Branco, que protestaram ontem em Havana.
As detenções
parecem não ser suficientes para dissuadir os opositores de irem às
missas celebradas por Bento 16 -hoje em Santiago e a segunda e última em
Havana, na quarta-feira. Ontem, na capital, a porta-voz das Damas de
Branco, Berta Soler, exortou suas companheiras a desafiarem o governo e
participar das atividades ignorando advertências feitas por policiais e
cercos formais e informais nas casas das ativistas. “Casa não é
calabouço. Se quiserem nos impedir, que nos prendam”, disse Soler.
“Eles
apareceram na minha casa às 6h da manhã e disseram que eu não viesse que
ia ser candela [ia pegar fogo], que eu ia ficar presa até o papa ir
embora”, disse Elza Sarduy, 27, também “dama”. “Não vamos lá fazer
política”, disse Soler, que voltou a pedir audiência de “ao menos um
minuto” com o papa.
Momentos
antes, Soler liderara a marcha silenciosa das mais de 30 mulheres de
branco presentes pelo canteiro central da 5ª Avenida de Miramar,
coalhada de representações diplomáticas. O cortejo foi seguido por ao
menos o dobro de jornalistas, cinegrafistas e fotógrafos, uma não usual
profusão de imprensa estrangeira credenciada oficialmente para registrar
a visita de Bento 16. A manifestação é um dos mais emblemáticos e resistentes símbolos da diminuta e pulverizada oposição.
(…)
(…)
Nenhum comentário:
Postar um comentário