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quarta-feira, 28 de março de 2012


Tarso Genro, o Adelita de esquerda, será homenageado por sua “elevada expressão poética”

“Nããão, para!”, como diria o já quase e verdadeiramente imortal Crodoaldo Valério, de Aguinaldo Silva!!!
A Academia Rio-Grandense de Letras realiza, depois de amanhã, às 20h, como vocês verão abaixo, uma solenidade para marcar a posse de sua nova diretoria, biênio 2012-2014.
Vejam o convite. Volto em seguida.
convite-tarso-genro1
Um dos homenageados, como leram, é o governador Tarso Genro, por sua “elevada expressão poética”. Uashsuashusaha!!!, como diz a meninada nas redes sociais. “Elevada expressão poética”??? Já vi que Tarso é forte candidato a ser o novo “Adelita”, só que de esquerda. Explico adiante.
Tarso cometeu, com efeito, alguns versos, já reproduzidos neste blog. É, assim, como sabem, um poeta verdadeiramente de mão cheia. Reparem na graça, na palpitação erótica e na picardia destes versos.
“Quanto te esperei e quanto sêmen
inútil derramei até o momento”.
Caramba!
Trata-se, assim, de uma espécie de Gabriel Chalita com inquietação no baixo ventre poético.
Ele também investiu no memorialismo:
“A vovó Cacilda parecia uma patinha

e a vovó Julica elétrica e risonha
conversava com lagartos”
Caramba!
É uma espécie de Gabriel Chalita que descobriu a metáfora zoológica. O conjunto “Julica elétrica” eleva a aliteração a limites lancinantes… De lascar!
E já que o regime cubano é um tema quente hoje, segue mais um verso definitivo — Chalita seria incapaz de algo assim tão, como direi?, seco e cerebral.
“Em Cuba planta-se cana”
Elevada expressão poética.
O “Adelita” de Esquerda
Entrou para a história o ingresso do general Aurélio de Lira Tavares na Academia Brasileira de Letras em 1970. Não chegava a ser, assim, um portento na poesia. Mas era quem era, e os tempos eram aqueles… Assinava as suas poesias com o pseudônimo “Adelita”, formado com as primeiras silabas de seu nome.
Quarenta e dois anos depois, o poder continua a fazer os bons poetas em determinados ambientes. Afinal, Tarso é quem é,  e os tempos são estes…
Os professores do Rio Grande do Sul é que estão doidos para ensinar a obra de Tarso Genro em sala de aula. O seu feito mais notável, até agora, tem sido a resistência em pagar o piso nacional da categoria.
Por Reinaldo Azevedo

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