Diante de Raúl Castro, papa defende os direitos humanos em Cuba e fala dos presos políticos e dos exilados
O
papa Bento 16 é um líder religioso de coragem — sempre foi, diga-se,
desde quando se colocou como o bastião da doutrina no Vaticano, contendo
a fúria daqueles que pretendiam transformar a Igreja Católica numa
dessas agências da ONU… Refiro-me, obviamente, à coragem teológica — não
condescende com o laicismo; afinal, ele representa a Igreja Católica — e
também à coragem política: não condescende com a violência de estado,
qualquer que seja ela. Abaixo, há uma síntese do que vai no Globo
Online, com base no noticiário das agências internacionais. Volto
depois.
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O Papa Bento 16 chegou a Cuba afirmando carregar consigo as “justas aspirações” de todos os cubanos, inclusive dos presos e dos que estão fora da ilha, tocando indiretamente no tema dos direitos humanos. Milhares de pessoas receberam o Pontífice e cerca de 200 mil são esperados para uma missa a ser celebrada por ele.
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O Papa Bento 16 chegou a Cuba afirmando carregar consigo as “justas aspirações” de todos os cubanos, inclusive dos presos e dos que estão fora da ilha, tocando indiretamente no tema dos direitos humanos. Milhares de pessoas receberam o Pontífice e cerca de 200 mil são esperados para uma missa a ser celebrada por ele.
“Levo no meu
coração as justas aspirações e legítimos desejos de todos os cubanos,
onde quer que se encontrem, seus sofrimentos e alegrias, suas
preocupações e desejos mais nobres e de modo especial dos jovens e
velhos, dos adolescentes e crianças, dos enfermos e trabalhadores, dos
presos e de seus familiares, assim como dos pobres e necessitados”,
afirmou o Pontífice, diante do presidente Raúl Castro.
O Papa
descreveu o atual momento de Cuba como um período em que o país “olha
para o amanhã e para ele se esforça por renovar e ampliar seus
horizontes”, fazendo referência em seguida a José Martí, mártir da
independência cubana.
Bento 16
também descreveu “um momento de especial dificuldade econômica” em que
vivem muitas partes do mundo hoje em dia. Comentou que muitos concordam
ser essa situação decorrente de uma crise de tipo espiritual e imoral
que deixa o homem “desprotegido frente à ambição e ao egoísmo que não
têm em conta o bem autêntico das pessoas e famílias”.
Desde a
visita de João Paulo 2º à ilha, em 1998, a Igreja Católica vem se
tornando um dos principais interlocutores do governo cubano, e muitos
esperam que a visita sirva para ampliar o papel mediador do Vaticano em
assuntos sensíveis como presos e dissidentes políticos. Outra
expectativa é que a visita de Bento XVI ajude a ampliar participação da
Igreja na vida da ilha por meio de programas sociais e educativos. “Um
dos frutos importantes daquela visita foi a inauguração de uma nova
etapa nas relações entre a Igreja e o Estado cubano. Mas ainda há muitos
aspectos em que se pode e deve avançar”, disse o Pontífice hoje.
Em seu
discurso, Raúl Castro de certa forma respondeu às críticas de falta de
democracia em Cuba e fez referência indireta às reformas que vem
implementando desde que assumiu o poder em 2008. “A nação seguiu
invariavelmente mudando tudo o que deve ser mudado conforme as altas
aspirações do povo cubano e com a livre participação desses nas decisões
transcendentais de nossa sociedade, incluindo as econômicas e sociais”,
afirmou Raúl.
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(…)
Voltei
O papa, como vocês sabem, não é de nada! Bacana é a Maria do Rosário! Fosse a nossa valente ministra a discursar em Cuba, ela atacaria o embargo americano. O papa, como vocês sabem, não é de nada. Bacana é Lula. Fosse ele a discursar, compararia os presos políticos a bandidos brasileiros. O papa, como vocês sabem, não é de nada. Bacana é Dilma. Fosse ela a discursar, diria que, em matéria de direitos humanos, ninguém tem lições a dar a Cuba — afinal, grave mesmo é haver terroristas presos em Guantánamo…
O papa, como vocês sabem, não é de nada! Bacana é a Maria do Rosário! Fosse a nossa valente ministra a discursar em Cuba, ela atacaria o embargo americano. O papa, como vocês sabem, não é de nada. Bacana é Lula. Fosse ele a discursar, compararia os presos políticos a bandidos brasileiros. O papa, como vocês sabem, não é de nada. Bacana é Dilma. Fosse ela a discursar, diria que, em matéria de direitos humanos, ninguém tem lições a dar a Cuba — afinal, grave mesmo é haver terroristas presos em Guantánamo…
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