Grampos sugerem pagamentos de grupo de Cachoeira a Perillo e auxiliares
Por Fábio Fabrini, Alana Rizzo e Alfredo Junqueira, no Estadão:
Grampos da Polícia Federal, obtidos na Operação Monte Carlo, flagraram o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e seus aliados em conversas que insinuam pagamentos ao governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e integrantes do primeiro escalão do governo em troca de vantagens em negócios públicos. As conversas, que citam diretamente o nome do governador, complicam ainda mais a situação do tucano, que deve ser alvo de investigação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira no Congresso.
Grampos da Polícia Federal, obtidos na Operação Monte Carlo, flagraram o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e seus aliados em conversas que insinuam pagamentos ao governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e integrantes do primeiro escalão do governo em troca de vantagens em negócios públicos. As conversas, que citam diretamente o nome do governador, complicam ainda mais a situação do tucano, que deve ser alvo de investigação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira no Congresso.
Novas
gravações obtidas pelo Estado indicam que a organização do contraventor,
acusado de chefiar um esquema de jogos ilegais no País, se valia dos
repasses para emplacar nomeações, abocanhar obras e vencer licitações
tocadas pelo governo estadual em diversas áreas. Os diálogos mostram
ainda que Cachoeira emprestou R$ 600 mil ao presidente da Agência Goiana
de Transportes e Obras (Agetop), Jayme Rincón, um dos principais
aliados de Perillo, ex-tesoureiro de sua campanha em 2010. A assessoria
do governador não quis comentar o caso.
O pagamento é
relatado pelo próprio Cachoeira numa ligação de 1.º de agosto de 2011.
Do outro lado da linha, o então diretor da Delta Construções no
Centro-Oeste, Cláudio Abreu, responde que é preciso “tirar proveito da
situação”, ao saber do empréstimo, conforme relatos que constam na
investigação da PF.
Onze dias
depois, Abreu diz a Cachoeira que está em segundo lugar em três
licitações e que, se Wladimir Garcez - ex-vereador do PSDB que, segundo a
PF, atuava como elo entre a quadrilha e o governo - negociasse com
sucesso a saída de concorrente melhor colocado do páreo, ganharia
recompensa. “Quero o lote 18. Se o Wladimir conseguir com o Marconi e
com Jayme que o cara arranque a proposta dele e eu entre com a minha
proposta, assino o contrato e eu dou R$ 50 mil pra ele”, promete. Em
outra conversa, fica claro que o empréstimo de R$ 600 mil a Rincón
teria rendido ao grupo de Cachoeira a nomeação de um parente na Agetop.
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Tags: CPI do Cachoeira, Marconi Perillo
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