Infraero ignorou TCU ao contratar Delta Construções
Por Reinaldo Azevedo
Por Roiberto Maltchik, no Globo:
A Delta foi contratada sem licitação pela Infraero por R$ 85,7 milhões para construir o terminal 4 do aeroporto de Guarulhos (SP), apesar de o Tribunal de Contas da União (TCU) afirmar que a empresa “dificilmente” se habilitaria, caso participasse de concorrência pública. Até a presidente Dilma Rousseff defendeu, em 2011, a dispensa de licitação para entregar a obra em dezembro; porém, o terminal só entrou em operação em fevereiro, por causa de um desabamento. O Ministério Público Federal de São Paulo diz que a Infraero jogou dinheiro fora e que a obra emergencial é subaproveitada.
A Delta foi contratada sem licitação pela Infraero por R$ 85,7 milhões para construir o terminal 4 do aeroporto de Guarulhos (SP), apesar de o Tribunal de Contas da União (TCU) afirmar que a empresa “dificilmente” se habilitaria, caso participasse de concorrência pública. Até a presidente Dilma Rousseff defendeu, em 2011, a dispensa de licitação para entregar a obra em dezembro; porém, o terminal só entrou em operação em fevereiro, por causa de um desabamento. O Ministério Público Federal de São Paulo diz que a Infraero jogou dinheiro fora e que a obra emergencial é subaproveitada.
O TCU e o
MPF apontaram contratação irregular por dispensa de licitação e contrato
celebrado sem a devida comprovação da capacidade técnica da Delta. Em
outubro de 2011, os auditores do TCU afirmaram que a empreiteira,
principal fornecedora do governo federal, só havia construído pistas e
pátios de aeroportos, não terminais de passageiros.
“Desse modo,
é improvável que a referida empresa possua atestados de execução de
instalação de sistemas e equipamentos para esteiras de transporte
automatizado, de modo que dificilmente seria habilitada no caso da
realização de uma concorrência para contratação do objeto em tela”,
disseram os técnicos do TCU.
Mesmo
construído para 5,5 milhões de passageiros/ano, o terminal 4 de
Guarulhos está subaproveitado, afirma o procurador da República Matheus
Magnani. Segundo ele, o atraso e o esvaziamento do terminal comprovam
que não havia emergência.
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