Cachoeira pede à Justiça para anular investigação
Por Leandro Colon e Fernando Mello, na Folha:
O empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, pediu à Justiça a anulação das provas obtidas pela Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo, que investigou seus negócios nos últimos dois anos. Os advogados do empresário apontam como motivo o envolvimento do senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), amigo de Cachoeira e seu interlocutor em várias conversas gravadas pela PF. Segundo a defesa do empresário, a investigação só poderia ter sido conduzida com autorização do STF (Supremo Tribunal Federal), onde Demóstenes tem foro privilegiado como congressista.
O empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, pediu à Justiça a anulação das provas obtidas pela Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo, que investigou seus negócios nos últimos dois anos. Os advogados do empresário apontam como motivo o envolvimento do senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), amigo de Cachoeira e seu interlocutor em várias conversas gravadas pela PF. Segundo a defesa do empresário, a investigação só poderia ter sido conduzida com autorização do STF (Supremo Tribunal Federal), onde Demóstenes tem foro privilegiado como congressista.
A Folha
teve acesso à defesa que os advogados de Cachoeira protocolaram na 11ª
Vara Federal de Goiás na quarta-feira. É sua primeira manifestação
oficial sobre o caso, que levou o empresário à prisão em fevereiro. Além
de contestar as acusações do Ministério Público, seus advogados alegam
que todas as decisões da Justiça de Goiás são ilegais e devem ser
anuladas por causa do envolvimento de Demóstenes. A defesa pede a
“anulação de todos os atos” do juiz Paulo Augusto Moreira Lima, que
cuida do caso em Goiânia e autorizou as escutas telefônicas que
flagraram Cachoeira conversando com o senador.
Os
defensores de Cachoeira apontam seis diálogos telefônicos que ele teve
com Demóstenes entre fevereiro e julho de 2011. Para a defesa, desde a
primeira conversa, o STF já deveria ter sido provocado pelo juiz Moreira
Lima. O documento é assinado pelos dois advogados de Cachoeira, o
ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos e Dora Cavalcanti. O juiz
Moreira Lima não se manifestou.
Por causa de
suas ligações com Cachoeira, Demóstenes responde a processo por quebra
de decoro parlamentar no Conselho de Ética do Senado. Cachoeira
protocolou a defesa dentro da ação penal que corre sob sigilo em que é
acusado pelo Ministério Público de chefiar um esquema de corrupção para
manter a atividade do jogo ilegal.
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Tags: CPI do Cachoeira
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