Senador protesta contra silêncio de Toffoli e cobra que ele se declare impedido de julgar o mensalão
Está de parabéns o senador Petro Taques (PDT-MT) por não se omitir. Vejam o que informa Rosa Costa no Estadão online:
Na véspera do julgamento do mensalão e no retorno dos trabalhos do Senado, o senador Pedro Taques (PDT-MT) ocupou a tribuna nesta quarta-feira, 2, para protestar pelo impasse provocado pelo silêncio do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), José Antonio Dias Toffoli, quanto a sua participação no julgamento de seus ex-colegas de trabalho no PT.
Taques disse que está “estarrecido”
diante da possibilidade de Toffoli não se julgar impedido de opinar no
processo que trata do escândalo do mensalão.”Ele não reúne condições
mínimas para julgar com isenção”, afirmou, lembrando que até agora o
ministro não se mostrou disposto a se afastar do julgamento de petistas e
de outras pessoas que atuaram ilicitamente em favor do partido.Na véspera do julgamento do mensalão e no retorno dos trabalhos do Senado, o senador Pedro Taques (PDT-MT) ocupou a tribuna nesta quarta-feira, 2, para protestar pelo impasse provocado pelo silêncio do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), José Antonio Dias Toffoli, quanto a sua participação no julgamento de seus ex-colegas de trabalho no PT.
O senador
lembrou a “proximidade” de Toffoli com o chamado “núcleo político do
mensalão” e o fato dele ser “homem da confiança” do ex-presidente Lula e
do ex-ministro José Dirceu, apontado pelo Ministério Público como sendo
o “chefe” da quadrilha que desviou dinheiro público para comprar votos
de parlamentares no Congresso.
Ex-procurador
da República, Pedro Taques previu que o ministro não terá condições de
agir com imparcialidade no julgamento. “Teria ele condições
psicológicas, e nós estamos a tratar de capacidade subjetiva ou
imparcialidade, para enfrentar a verdade, que pode manchar a história do
partido do qual ele fez parte a vida toda?”, perguntou. Lembrou, ainda,
o fato de o ministro ter sido sócio, até 2009, de escritório de
advocacia que trabalhou na defesa de outros envolvidos no caso do
mensalão. A outra sócia do escritório, Roberta Rangel, é apontada como
namorada de Toffoli, o que, segundo o Taques, é motivo para impedimento
legal.
“O fato de pessoa
tão próxima ao magistrado ter trabalhado anteriormente no caso em favor
dos réus contamina de maneira irreversível a sua decisão”, argumentou.
Para Taques, os compromissos assumidos pelo ministro Dias Toffoli em sua
carreira antes de chegar ao Supremo, bem como as circunstâncias
específicas do julgamento da ação penal do mensalão “mostram, com todo
respeito, com toda licença, que ele não reúne condições mínimas para
julgar com isenção”, afirmou.
“Cabe,
então, ao S. Exa. o respeitável ministro Dias Toffoli cumprir seu
juramento de zelar pela Constituição e declarar-se suspeito e impedido
para participar desse julgamento”, reiterou, lembrando que a recusa do
magistrado poderá levar o STF a “tomar uma decisão nesse sentido”.
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