Depoentes reforçam suspeita em processo contra Russomanno
Por Rubens Valente e Andreza Matais, na Folha:
Testemunhas ouvidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) afirmaram que uma funcionária do gabinete do então deputado federal Celso Russomanno (PRB), paga pela Câmara dos Deputados, trabalhava em São Paulo como gerente de uma produtora de TV do político. Os depoimentos foram dados em 2010 a juízes do Pará e de São Paulo, por ordem do STF, no decorrer de uma ação penal aberta pela Procuradoria-Geral da República. Russomanno é acusado de peculato, que é a apropriação ou desvio de recursos públicos em proveito próprio.
Testemunhas ouvidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) afirmaram que uma funcionária do gabinete do então deputado federal Celso Russomanno (PRB), paga pela Câmara dos Deputados, trabalhava em São Paulo como gerente de uma produtora de TV do político. Os depoimentos foram dados em 2010 a juízes do Pará e de São Paulo, por ordem do STF, no decorrer de uma ação penal aberta pela Procuradoria-Geral da República. Russomanno é acusado de peculato, que é a apropriação ou desvio de recursos públicos em proveito próprio.
Por
maioria, os ministros do STF acolheram em 2008 a denúncia e abriram a
ação. Como Russomanno deixou o cargo de deputado em 2010, o processo
hoje tramita na Justiça do Distrito Federal. Os depoimentos, aos quais a
Folha teve acesso, foram dados por ex-funcionários da empresa de
Russomanno, a ND (Night and Day) Promoções, que produzia os programas de
TV do político.
As
testemunhas dizem que Sandra Jesus Nogueira, então lotada no gabinete de
Russomanno na Câmara, assinou documentos e respondeu pela administração
da produtora entre 1997 e 2001. “A empresa ND funcionava em torno dela,
Sandra”, afirmou em juízo o programador Abraão Castro da Silva, 37.
Localizado ontem pela Folha, Silva confirmou: “Ao que eu saiba, ela [Sandra] era a gerente financeira da ND”.
Outra
testemunha, a radialista Silmara Roberta Brioetti, 37, que trabalhava na
produção das reportagens de Russomanno, afirmou em juízo: “Até onde é
do meu conhecimento, Sandra cuidava dos assuntos ligados à empresa
‘Night and Day’”. Também localizada pela reportagem, a testemunha
Virgínia Pires confirmou o depoimento à PF, no qual afirmou que Sandra
“sempre exerceu as funções de gerente administrativa”. O mesmo afirmou à
Folha outra testemunha, Geruza Severina da Silva.
A
investigação começou em 2003, com uma ação trabalhista movida por Samuel
Pereira Sousa, iluminador da produtora, que pleiteava indenização de R$
91 mil.
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