Fala o advogado de Jefferson: tudo indica que vai evocar a responsabilidade de Lula, que não é um denunciado
Começou
a falar Luiz Francisco Correia Barbosa, advogado de Roberto Jefferson, o
homem que denunciou o mensalão e que é acusado de lavagem de dinheiro e
corrupção passiva. Sustenta que a ação contra o seu cliente é
improcedente e incompleta. Improcedente porque, segundo o doutor, os R$ 4
milhões que Jefferson admite ter recebido de Marcos Valério eram caixa
de campanha para as eleições municipais de 2004 — seriam apenas parte de
um pacote de R$ 20 milhões. E incompleta porque, já se anunciou, ele
vai tentar demonstrar que Lula também deveria ter sido denunciado.
Nas
palavras iniciais, o advogado afirma que Jefferson já havia advertido
autoridades do governo sobre pagamentos irregulares a políticos. Evocou
os testemunhos de Ciro Gomes e Miro Teixeira. E diz que o então
presidente Lula foi advertido pessoalmente, na presença de Walfrido dos
Mares Guia, Aldo Rebelo, Arlindo Chinaglia e José Múcio Monteiro
Monteiro.
Barbosa
afirma que Jefferson não pode ser acusado de lavagem de dinheiro porque
não tinha como saber a origem suja do dinheiro — já que, em 2004, “o PT
ainda era uma vestal”. Descartada a acusação de lavagem, sustenta o
advogado, descaracteriza-se também a corrupção passiva.
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