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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Senador Suplicy dá mais um exemplo de equilíbrio, bom senso, prudência e responsabilidade

Eduardo Suplicy é aquele senador por São Paulo — petista, claro! — que levou ao Senado a denúncia de supostos estupros praticados por policiais militares durante a desocupação do Pinheirinho. Descobriu-se depois sobre a sua denúncia:
- as pessoas que faziam a acusação não moram no Pinheirinho;
- os supostos eventos não se deram no dia da desocupação;
- alguns dos denunciantes tinham sido presos com drogas e armas;
- fez-se boletim de ocorrência, e os presos e familiares estavam acompanhadas de sua advogada; ninguém falou em estupro nenhum;
- as denúncias foram feitas 10 dias depois da suposta ocorrência;
- a advogada dos presos já atuou na defesa de membros do PCC.
Contei essa história em detalhes. Mas vocês sabem… Suplicy é petista e não desiste nunca. A chamada desocupação do Pinheirinho já é a maior fonte de mentiras produzidas por petralhas e vagabundos de toda espécie. Quem não se lembra das acusações de que teria havido mortes durante a operação de reintegração de posse?
Pois bem! Embora o Pinheirinho estivesse sob o comando do PSTU, os petistas é que passaram a fazer a mais vil exploração política do caso. A Comissão de Direitos Humanos do Senado, presidida pelo petista Paulo Paim (PT-RS), está sendo transformada em mero palco de proselitismo contra o governo de São Paulo e a Polícia Militar.
Nesta quinta, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) resolveu reagir às provocações do Suplicy. Leiam o que informa o Estadão Online. Volto em seguida:
Na audiência pública realizada hoje pela Comissão dos Direitos Humanos do Senado houve bate-boca entre os senadores Eduardo Suplicy (PT) e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), ambos de São Paulo, por causa da desocupação do bairro do Pinheirinho, em São José dos Campos.
Nunes Ferreira acusou os senadores Suplicy e Paulo Paim (PT-RS) de politizarem o episódio para favorecer o partido nas eleições municipais. Como argumento, o senador tucano disse que nenhuma atitude foi tomada pela CDH quanto a desocupações ocorridas no Distrito Federal e no Acre, cujos governadores são do PT. Paulo Paim, que é presidente da comissão, estava ausente.
“É um procedimento unilateral que visa a instrumentalizar a comissão por partidos políticos, no caso o PT, e outros grupos, como o PSTU, que o usa para terceirizar seu radicalismo”, disse Aloysio Nunes. Ele chamou os líderes comunitários dos que foram desalojados de “parasitas”, atribuindo a eles “a radicalização, o circo”, dias antes da reintegração da posse da área.
(…)
“Tinha gente querendo brincar de insurreição, pseudorrevolucionários prontos para radicalizar”, atacou Aloysio Nunes. Segundo o senador tucano, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB)), não mandou um representante para a audiência de hoje porque sabia que ali haveria um “teatro” dos que desejam explorar politicamente o episódio.
Voltei
A firmeza de Aloysio, que disse a verdade (já trato desse particular), deixou Suplicy apoplético. Sabem aquele senhor que gosta de posar de maluco beleza, com suas canções e outras momices? Pois é… Ele decidiu reagir aos berros, com a eloqüência habitual. E, como se nota, em sua fala, dá as acusações contra a PM como verdadeiras. Nada como a imunidade parlamentar para incentivar a irresponsabilidade, não é? Vejam
. Suplicy parece pertencer àquela categoria que acredita que “falar grosso” é falar a verdade.  O vídeo com o seu chilique está circulando. A resposta de Aloysio não está.
Nunes Ferreira não se intimidou a ironizou a gritaria do outro, dizendo que ela não o assustava.
E só para que vocês não se esqueçam: no dia 7 de fevereiro, escrevi um post cujo título é bastante eloqüente: “Atenção, governo de SP! Os ‘companheiros’ petistas têm de falar primeiro na Comissão do Senado! Questão de cronologia e gravidade! Eles é que têm de explicar três olhos furados!”]
Ações das Polícias Militares de estados governados pelos “companheiros” deixaram três pessoas cegas de um olho (Piauí, Bahia e Acre). Suplicy não quis nem saber. Nem Dilma. Nem Maria do Rosário. Nem José Eduardo Cardozo. Nem Gilberto Carvalho. Tião Viana, aliás, governador do Acre, voltou a recorrer às balas de borracha nesta terça-feira. E Suplicy nem canta nem grita.
O descontrole demonstrado por Suplicy borda com um exagero patético uma farsa política.
Para encerrar: os esbirros do petismo na grande imprensa costumam falar do Pinheirinho, ilustrando a sua peroração com uma cuidadosa seleção de imagens que provaria a barbárie. É só a verdade parcial — a imagem isolada — sendo usada a serviço de uma farsa político-partidário. Até hoje essa gente não teve o decência de exibir as imagens das três pessoas que ficaram cegas de um olho no Piauí, na Bahia e no Acre.
São os cegos esquecidos por Suplicy, o homem que, quando não canta, fala grosso.

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