Justiça suíça revela que Ricardo Teixeira e João Havelange receberam R$ 45 milhões em subornos
Justiça suíça liberou, nesta quarta-feira (11), o dossiê do caso ISL,
implicando em suborno o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, 65, e o
presidente de honra da Fifa, João Havelange, 96. Ambos receberam
subornos da empresa no valor de cerca de R$ 45 milhões (21,9 milhões de
francos suíços).
No decorrer da década de 1990, a ISL foi a principal parceira comercial
da Fifa. Um processo judicial instaurado após o pedido de falência da
empresa revelou que ela efetuou pagamentos de mais de 160 milhões de
francos suíços para cartolas em troca de benefícios comerciais, direitos
de televisão e propaganda.
Na ação, que corria em sigilo até o momento, consta que Teixeira foi o
principal beneficiário dos subornos, tendo recebido 12,74 milhões de
francos suíços através da empresa Sanud, que já havia sido investigada
pela CPI do Futebol. Teixeira também aparece como sócio de Havelange na
empresa Renford Investments Ltd, que recebeu 5,1 milhões de francos
suíços.
Teixeira, que reside atualmente em Miami, não se pronunciou sobre as
acusações. Havelange, que fica na Suíça, sede da Fifa, também não se
manifestou. Durante a Copa do Mundo de 2010, a dupla fez um acordo com a
justiça do país para que seus nomes não fossem revelados para o público
durante a investigação. No entanto, nesta quarta os jornais divulgaram o
dossiê.
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