Em fatos, fotos e vídeo: Lembro a petistas e também a tucanos quem, de fato, recorre a táticas fascistoides na luta política
Como
é mesmo? O chefe da campanha do petista Fernando Haddad, candidato à
Prefeitura de São Paulo, chama de “fascistas” quatro jovens tucanos —
QUATRO!!! — que ousaram interpelar o ex-ministro da Educação sobre a
greve das universidades federais? Pior: os tucanos recusam a pecha, mas
censuram os garotos, quase fazendo um mea-culpa. Já escrevi um post a
respeito e prometi demonstrar quem costuma apelar a práticas
fascistoides.
No dia 24
de janeiro deste ano, a mesma Folha que “denunciou” a ação dos quatro
(!!!) jovens tucanos contra Fernando Haddad noticiava (em vermelho):
“Um grupo de entidades marcou para a manhã de quarta-feira (25), aniversário de São Paulo, um protesto contra as ações militares ocorridas na reintegração de posse da favela Pinheirinho, em São José dos Campos (97 km de SP), e na região da cracolândia, no centro de São Paulo.
(…)
Mais de cem entidades, coletivos, partidos, grupos políticos e movimentos sociais assinam o site da organização do protesto. Dentre eles, Amoaluz (Associação de Moradores e Amigos da Santa Ifgênia e Luz), CMP (Central de Movimentos Populares), Coletivo DAR (Desentorpecendo a Razão), Conselho Regional de Serviço Social do Estado de São Paulo, Movimento Nacional de Direitos Humanos e Sindicato dos Metroviários de SP. Também fazem parte deputados e vereadores do PT e do PSOL.”
“Um grupo de entidades marcou para a manhã de quarta-feira (25), aniversário de São Paulo, um protesto contra as ações militares ocorridas na reintegração de posse da favela Pinheirinho, em São José dos Campos (97 km de SP), e na região da cracolândia, no centro de São Paulo.
(…)
Mais de cem entidades, coletivos, partidos, grupos políticos e movimentos sociais assinam o site da organização do protesto. Dentre eles, Amoaluz (Associação de Moradores e Amigos da Santa Ifgênia e Luz), CMP (Central de Movimentos Populares), Coletivo DAR (Desentorpecendo a Razão), Conselho Regional de Serviço Social do Estado de São Paulo, Movimento Nacional de Direitos Humanos e Sindicato dos Metroviários de SP. Também fazem parte deputados e vereadores do PT e do PSOL.”
Viram? Os
petistas apenas “fazem parte” dos protestos. Como a gente sabe, todas
aquelas entidades são meras representantes da sociedade civil, né??? Com
o protesto devidamente anunciado pela imprensa — Folha e todos os
grandes veículos —, a operação foi, digamos, um “sucesso”. Agora eu
demonstro a João Donato, coordenador da campanha de Haddad, o que é ação
fascistoide. Vejam esta foto de Márcio Fernandes, da Agência Estado.
O Portal Terra noticiava assim a ocorrência (em vermelho):
“Manifestantes cercaram e vandalizaram o carro da comitiva do prefeito Gilberto Kassab (PSD) na manhã desta quarta-feira no centro de São Paulo. Segundo a assessoria do político, a lataria do carro foi amassada. Pelo menos um manifestante ficou ferido em confronto com a Polícia Militar, mas a PM não confirma a informação. Ainda de acordo com a assessoria do prefeito, a agressão aconteceu após a missa de aniversário da cidade nas proximidades da Catedral da Sé. O grupo, que protestava contra as ações do governo na Cracolândia e na ocupação do Pinheirinho, em São José dos Campos, tentou esvaziar os pneus do veículo usado por Kassab e usaram lixeiras para bater nos vidro. O grupo ainda arremessou ovos contra a comitiva.”
“Manifestantes cercaram e vandalizaram o carro da comitiva do prefeito Gilberto Kassab (PSD) na manhã desta quarta-feira no centro de São Paulo. Segundo a assessoria do político, a lataria do carro foi amassada. Pelo menos um manifestante ficou ferido em confronto com a Polícia Militar, mas a PM não confirma a informação. Ainda de acordo com a assessoria do prefeito, a agressão aconteceu após a missa de aniversário da cidade nas proximidades da Catedral da Sé. O grupo, que protestava contra as ações do governo na Cracolândia e na ocupação do Pinheirinho, em São José dos Campos, tentou esvaziar os pneus do veículo usado por Kassab e usaram lixeiras para bater nos vidro. O grupo ainda arremessou ovos contra a comitiva.”
Não se
tocou na sigla “PT”. Quando esses patriotas saem distribuindo porrada
por aí, eles são chamados de “os manifestantes”. Isso foi em janeiro de
2012. Em 2000, os patriotas agiam como se vê no vídeo abaixo, que vocês já conhecem. Revejam. Volto em seguida.
Dias
depois, em junho daquele ano, os comandados de Dirceu, como o vídeo
evidencia, arrancaram sangue do governador Mário Covas, já bastante
doente. Morreu no dia 6 de março de 2001. O câncer só passou pela
sacralização política no Brasil depois de atingir Dilma e Lula. Antes,
não servia de motivo nem para poupar o doente de algumas porradas.
Afinal, um paciente de câncer tucano é só um canceroso desprezível. Um
doente de câncer do PT passa a ser a ser um profeta, aplaudido de pé.
Apeoesp
No dia 17 de março de 2010, o então governador José Serra — e já era certo que seria o candidato do PSDB à Presidência — enfrentou um protesto. Vamos ver como o Estadão noticiou (em vermelho):
O governador de São Paulo, José Serra
(PSDB), enfrentou grande tumulto na saída da inauguração de uma Etec no
município de Francisco Morato, na Grande SP. Cerca
de 50 manifestantes, muitos deles ligados a Apeoesp, tentaram impedir a
saída do carro que levava o governador com chutes e murros. Um ovo
chegou a atingir a parte traseira do veículo. Muitos usavam as palavras
de ordem ‘Serra a culpa é sua, professor esta na rua’ e xingavam a
comitiva. O carro teve a passagem obstruída, levando a um
empurra-empurra entre os manifestantes, polícia e seguranças
particulares do governador. Alguns pegaram pedaços de pau com pregos
para ameaçar a polícia. Pouco antes disso, ao terminar seu discurso
dentro da Etec, Serra foi provocado por um grupo de estudantes, que
gritou “Brasil urgente, Dilma presidente.”No dia 17 de março de 2010, o então governador José Serra — e já era certo que seria o candidato do PSDB à Presidência — enfrentou um protesto. Vamos ver como o Estadão noticiou (em vermelho):
Vejam a foto de Ernesto Rodrigues, da AE.
Viram só? Quando não são “manifestantes”, são “professores”; quando não são “professores”, são estudantes. Eles são tudo, menos “petistas”.
Citei três situações. Poderia citar centenas. Os tucanos ficam com seu nhem-nhem-nhem lacrimoso e infundadamente culpado quando chamados de “fascistas”. Como não sou tucano, não tenho receio de apontar quem, de fato, recorre a táticas fascistoides
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