Imprensa agora atua como dedo-duro do petismo
No
post anterior, trato da conversa mole de Fernando Haddad, candidato do
PT à Prefeitura de São Paulo, sobre as universidades federais. Ele
comentou outro tema. Leiam o que informa o Estadão Online. Volto em
seguida:
Haddad
também criticou membros da juventude do PSDB que organizaram um protesto
durante sua caminhada na quarta-feira pela região do Brás, no centro da
capital, sem se identificarem como tal. No ato, Victor Ferreira, de 22
anos, e Marcos Saraiva, de 20, interromperam o candidato do PT com
cartazes criticando a greve nas universidades federais. “Como vou pensar
novo sem educação?”, perguntava um deles. Questionado se apoiava algum
candidato, Ferreira preferiu não responder e o grupo rapidamente se
dispersou. Mais tarde, Ferreira foi identificado como secretário da
juventude do PSDB e Saraiva, como conselheiro político da juventude
estadual do partido.
“Não considero adequado nossos adversários se organizarem para criar embaraços artificiais. De nossa parte, vamos manter um alto nível de campanha, sem esse tipo de expediente, que não serve à democracia e pode gerar incidentes desnecessários”, afirmou Haddad.
“Não considero adequado nossos adversários se organizarem para criar embaraços artificiais. De nossa parte, vamos manter um alto nível de campanha, sem esse tipo de expediente, que não serve à democracia e pode gerar incidentes desnecessários”, afirmou Haddad.
Voltei
Vamos ver. Quantas vezes vocês já viram adversários do PT ser cercados — em alguns casos, literalmente — por “manifestantes”? A Internet está aí. Pesquisem. O jornalismo jamais se interessou em saber a filiação partidária dos que protestavam. Nunca! Petistas das universidades são “estudantes”; petistas da Apeoesp são “professores”; petistas da CUT são “trabalhadores”. E olhem que eles organizam verdadeiras blitzen contra adversários. São tratados sempre como cidadãos mobilizados em defesa de causas.
Vamos ver. Quantas vezes vocês já viram adversários do PT ser cercados — em alguns casos, literalmente — por “manifestantes”? A Internet está aí. Pesquisem. O jornalismo jamais se interessou em saber a filiação partidária dos que protestavam. Nunca! Petistas das universidades são “estudantes”; petistas da Apeoesp são “professores”; petistas da CUT são “trabalhadores”. E olhem que eles organizam verdadeiras blitzen contra adversários. São tratados sempre como cidadãos mobilizados em defesa de causas.
Pois bem…
Bastou que três tucanos resolvessem fazer algumas indagações a Haddad —
nada agressivas —, e lá estava o jornalismo diligente a acusar: “São
tucanos! São tucanos disfarçados! Nem mesmo se identificam!” Um peso e
duas medidas. Qual é o meu ponto? Por mim, todos são devidamente
identificados. Quando os petistas organizarem “protestos” contra seus
adversários, que se deixe claro, afinal de contas, quem é quem.
Já informei
aqui, por exemplo, que as manifestações mais agressivas de servidores em
greve são coordenadas por PSTU e PSOL. Os leitores têm o direito de
saber. Se vão achar isso bom ou ruim, aí é com eles.
Para
arrematar: a que “situação artificial” Haddad se refere? Cinquenta e
sete universidades federais em greve são ou não um problema real?
Artificial foi o silêncio que se fez no ano passado, diante de uma greve
que durou mais de quatro meses.
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