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quinta-feira, 19 de julho de 2012


Imprensa agora atua como dedo-duro do petismo

No post anterior, trato da conversa mole de Fernando Haddad, candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, sobre as universidades federais. Ele comentou outro tema. Leiam o que informa o Estadão Online. Volto em seguida:
Haddad também criticou membros da juventude do PSDB que organizaram um protesto durante sua caminhada na quarta-feira pela região do Brás, no centro da capital, sem se identificarem como tal. No ato, Victor Ferreira, de 22 anos, e Marcos Saraiva, de 20, interromperam o candidato do PT com cartazes criticando a greve nas universidades federais. “Como vou pensar novo sem educação?”, perguntava um deles. Questionado se apoiava algum candidato, Ferreira preferiu não responder e o grupo rapidamente se dispersou. Mais tarde, Ferreira foi identificado como secretário da juventude do PSDB e Saraiva, como conselheiro político da juventude estadual do partido.
“Não considero adequado nossos adversários se organizarem para criar embaraços artificiais. De nossa parte, vamos manter um alto nível de campanha, sem esse tipo de expediente, que não serve à democracia e pode gerar incidentes desnecessários”, afirmou Haddad.
Voltei
Vamos ver. Quantas vezes vocês já viram adversários do PT ser cercados — em alguns casos, literalmente — por “manifestantes”? A Internet está aí. Pesquisem. O jornalismo jamais se interessou em saber a filiação partidária dos que protestavam. Nunca! Petistas das universidades são “estudantes”; petistas da Apeoesp são “professores”; petistas da CUT são “trabalhadores”. E olhem que eles organizam verdadeiras blitzen contra adversários. São tratados sempre como cidadãos mobilizados em defesa de causas.
Pois bem… Bastou que três tucanos resolvessem fazer algumas indagações a Haddad — nada agressivas —, e lá estava o jornalismo diligente a acusar: “São tucanos! São tucanos disfarçados! Nem mesmo se identificam!” Um peso e duas medidas. Qual é o meu ponto? Por mim, todos são devidamente identificados. Quando os petistas organizarem “protestos” contra seus adversários, que se deixe claro, afinal de contas, quem é quem.
Já informei aqui, por exemplo, que as manifestações mais agressivas de servidores em greve são coordenadas por PSTU e PSOL. Os leitores têm o direito de saber. Se vão achar isso bom ou ruim, aí é com eles.
Para arrematar: a que “situação artificial” Haddad se refere? Cinquenta e sete universidades federais em greve são ou não um problema real? Artificial foi o silêncio que se fez no ano passado, diante de uma greve que durou mais de quatro meses.
Por Reinaldo Azevedo

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