Arrecadação cai e coloca em xeque meta fiscal do governo
Por Gustavo Patu, na Folha:
Com frustração das expectativas oficiais para a arrecadação de impostos, o governo vai anunciar nos próximos dias que suas contas tiveram no primeiro semestre um resultado inferior ao do mesmo período do ano passado. O impacto da estagnação da economia na receita tributária já põe em xeque o cumprimento das metas da política fiscal para 2012, mesmo sem a prometida aceleração dos investimentos em infraestrutura -e com o Planalto sob pressão dos servidores por reajustes salariais.
Com frustração das expectativas oficiais para a arrecadação de impostos, o governo vai anunciar nos próximos dias que suas contas tiveram no primeiro semestre um resultado inferior ao do mesmo período do ano passado. O impacto da estagnação da economia na receita tributária já põe em xeque o cumprimento das metas da política fiscal para 2012, mesmo sem a prometida aceleração dos investimentos em infraestrutura -e com o Planalto sob pressão dos servidores por reajustes salariais.
Dados
preliminares em análise na área técnica apontam que impostos e
contribuições ligados ao lucro das empresas, à produção industrial e às
operações bancárias repetiram em junho o desempenho abaixo do esperado
que já havia sido apurado no mês anterior. A piora comprometeu o
superavit primário, ou seja, a diferença entre a arrecadação e as
despesas com pessoal, programas sociais, obras e custeio administrativo.
Salvo algum
ajuste contábil ou a inclusão de receitas extraordinárias, o superavit
de janeiro a junho ficará abaixo dos R$ 55,5 bilhões contabilizados no
primeiro semestre de 2011. Será a primeira vez no governo Dilma Rousseff
em que o resultado acumulado no ano mostra queda em valores nominais. A
União busca neste ano um superavit de R$ 97 bilhões para o abatimento
da dívida pública, R$ 4 bilhões acima do obtido em 2011. Se considerados
também Estados, municípios e estatais, o objetivo é elevar essa
poupança de quase R$ 130 bilhões para R$ 140 bilhões, ou o equivalente a
3,1% do Produto Interno Bruto.
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