Prisão do mordomo do papa expõe mar de lama no Vaticano
Será que Dan Brown, autor de best-sellers como “O
Código da Vinci” e “Anjos e Demônios” tinha razão ao descrever o
Vaticano como um antro de perdição? Duas prisões ocorridas nesta semana,
na Itália, estão abalando a fé de muitos cristãos na Santa Sé.
Primeiro, foi Ettore Gotti Tedeschi, presidente do Banco do Vaticano.
Depois, o próprio mordomo do papa, Paolo Gabriele, que aparece em várias
fotos à frente do Sumo Pontífice, no Papamóvel.
Reportagens publicadas neste fim de semana pela imprensa italiana
revelam que Gabriele vazava documentos internos do Vaticano e cartas
endereçadas ao papa Bento XVI. Um dos beneficiários do vazamento era o
jornalista Gianpaolo Nuzzi, nascido em 1969, que já publicou dois
best-sellers na Europa: “Vaticano S/A”, já lançado no Brasil, e “Sua
Santidade”, ainda inédito por aqui.
No primeiro, Nuzzi descreve o Vaticano como um paraíso fiscal protegido e
cercado no coração de Roma, disposto a lavar dinheiro da própria máfia
italiana. Processado pelo Vaticano, ele sustenta sua argumentação em
documentos internos da Santa Sé. No entanto, agora, o jornalista também
está sob a suspeita de ter pago a Gabriele pelos relatórios – o que ele
nega com veemência.
No segundo livro, Nuzzi relata a intensa disputa de poder interna no
Vaticano entre os cardeais que podem vir a suceder Bento XVI, como é
caso do italiano Tarcísio Bertone. Há cartas em que os cardeais relatam a
perda de fé dos cristãos diante da falta de transparência do Vaticano.
247 Brasil
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