41% das obras da Copa de 2014 nem sequer saíram do papel
Por
que estender para as obras da Copa o tal regime diferenciado, que
dispensa licitações (trato do assunto posts abaixo)? Por causa da
incompetência gerencial do governo. Entenderam o busílis? Como o govenro
é incompetente, que se dane a moralidade. Leiam o que informa Laryssa
Borges, na VEJA Online:
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A cerca de dois anos anos para o início da Copa do Mundo de 2014, 41% das obras previstas para o Mundial ainda não saíram do papel. É o que mostra balanço do governo federal divulgado nesta quarta-feira. Os dados foram atualizados até abril deste ano. Segundo o ministro do Esporte, Aldo Rebelo — o mesmo que afirmou no mês passado que os atrasos eram apenas “impressão” —, dos 101 empreendimentos previstos, apenas 5% foram concluídos. Outros 32% estão em fase licitação ou em estágio mais incipiente, na fase de elaboração de projetos.
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A cerca de dois anos anos para o início da Copa do Mundo de 2014, 41% das obras previstas para o Mundial ainda não saíram do papel. É o que mostra balanço do governo federal divulgado nesta quarta-feira. Os dados foram atualizados até abril deste ano. Segundo o ministro do Esporte, Aldo Rebelo — o mesmo que afirmou no mês passado que os atrasos eram apenas “impressão” —, dos 101 empreendimentos previstos, apenas 5% foram concluídos. Outros 32% estão em fase licitação ou em estágio mais incipiente, na fase de elaboração de projetos.
Nem os fatos
ou a pressão da Fifa, porém, tiram o otimismo de Rebelo. O ministro
afirmou que o baixo desembolso de recursos para as obras já iniciadas
não indica que o governo tenha de falar em “milagre” para conseguir
concluir os projetos a tempo. “Podemos dispensar os serviços dos santos
para que eles possam socorrer causas mais necessitadas”, ironizou o
ministro. De acordo com ele, dificuldades burocráticas consomem boa
parte do tempo das obras.
Ao tentar
justificar o ritmo lento das obras, Rebelo saiu-se com essa: “Não sei
por que o preconceito com as obras no papel. Vamos tratar com mais
generosidade com o que está no papel. Estar no papel não significa
necessariamente atraso. Sabemos que no Brasil, pela complexidade de sua
estrutura democrática e institucional, é preciso atender um grande
número de requisitos e exigências legais, leis, portarias, decretos,
instruções normativas”. O ministro ainda garantiu que o governo está
bastante otimista com o quadro e confia na possibilidade de superar
todos os desafios até a realização da Copa. “Não trabalhamos com o
conceito e a ideia do atraso. Temos um olho no estágio atual das obras e
outro olho na conclusão das obras. Acreditamos que as obras estarão
prontas antes do prazo de entrega”, completou.
Apesar do
alto porcentual de obras do Mundial não iniciadas, o governo projeta que
84% dos empreendimentos estarão concluídos até 2013, ano que o Brasil
também sediará a Copa das Confederações. Pelas estimativas do governo,
69% das obras serão entregues apenas no próximo ano, quando o país
abrigará o campeonato esportivo que antecede o Mundial.
O balanço do
governo federal divulgado também registra que oito das 12 cidades-sede
da Copa ainda não executaram nem sequer metade das obras previstas em
seus estádios. A cidade de Recife, que deve concluir a Arena Pernambuco
até a Copa das Confederações, só executou 33% das obras no estádio -
três pontos porcentuais abaixo da projeção inicial. O Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ainda analisa se vai conceder
financiamento - no valor total de 758 milhões de reais - aos estádios
do Itaquerão, em São Paulo, Beira Rio, em Porto Alegre, e Arena da
Baixada, em Curitiba.
Na avaliação
do ministro Rebelo, a análise sobre o andamento das obras da Copa do
Mundo de 2014 comporta diferentes interpretações. Segundo ele, a Fifa,
que fez frequentes críticas à organização do Mundial, e o governo
brasileiro avaliam de maneira diferente o grau de andamento dos
projetos. “A Fifa dava um peso muito pequeno à demolição, terraplanagem,
fundações, estaqueamento. Considero que a fase de planejamento,
elaboração de projeto e realização de licitações são uma parte
importante dentro do prazo da obra”, afirmou. Rebelo ainda minimizou a
mais recente rodada de críticas do presidente da entidade máxima do
futebol, Joseph Blatter. “Estamos abertos a recepcionar críticas dos
nacionais e por que não dos estrangeiros? Não somos donos da verdade e
nem temos pretensão da perfeição. O pessimismo e o otimismo são
culturais e podem contaminar dirigentes estrangeiros, como o Joseph
Blatter”, ironizou.
Quando
analisadas as obras de mobilidade urbana nas cidades-sede, 45% delas
também não saíram do papel. O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro,
explicou que os impasses nas obras têm as mais diferentes causas:
problemas ambientais, atrasos em assentamentos e questionamentos do
Ministério Público. “Temos gargalos diferentes e a ideia é que possamos
avançar e ter em um período rápido esses problemas já superados”,
resumiu.
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