Faz mal misturar remédios com alcool?
O assunto é polêmico até entre os médicos. Isso porque as conseqüências dessas interações dependem de vários fatores, como a composição do medicamento, o organismo de cada pessoa e o número de copos que ela está acostumada a entornar. “A definição de consumo moderado de álcool é complicada – e, muitas vezes, o paciente estabelece um padrão acima daquele que seria razoável para ele”, afirma o farmacólogo João Ernesto Carvalho, da Unicamp. Assim, a maioria dos médicos aconselha a evitar totalmente o álcool. Na dúvida, é melhor obedecer.
Quando uma pessoa bebe, ela metaboliza o etanol usando enzimas que o fígado produz. Só que essas enzimas também servem para metabolizar algumas drogas. Se entrar um remédio no meio da história, o organismo vai ser sobrecarregado e pode não dar conta do serviço. Assim, o efeito da droga é reduzido ou até anulado. Para piorar, isso também maltrata em dobro o pobre do fígado.
Muitos medicamentos também são eliminados pela urina. O álcool e o excesso de líquidos – dois elementos-chave de uma cervejada, por exemplo – têm efeito diurético e, portanto, podem acelerar a excreção dessas substâncias.
O risco maior é quando goró e remédio interagem no paciente-bebum. O grande perigo mora naquelas drogas usadas para tratar problemas neurológicos e psiquiátricos. O álcool potencializa o efeito delas, em vez de anulá-lo.
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